segunda-feira, julho 22, 2013

Dark Eyes - Half Moon Run, ou: Dissolver-se na imensidão selvagem

Dia 203. Michel 181.

Ontem eu e Felipe fomos visitar nosso amigo e colaborador Assis Oliveira em sua residência, numa de nossas habituais visitas. No meio de um bombardeio de informações e de cultura - de praxe e muito bem vindo - vimos um trailer do Assassin's Creed: Black Flag - e neste trailer havia uma música que me despertou a atenção imediatamente:


É claro que sou fã de Assassin's Creed. Percorri as ruas de Florença e Veneza com o Ezio, acompanhei-o em suas viagens pelo oriente, corri nas florestas virgens da América do Norte com Connor... então estou ansioso pelo retorno da série, agora na pele do avô de Connor, Edward Kenway.

Mas voltando ao post de música...



A música do trailer é linda - chama-se "Full Circle". Felipe descobriu para mim o nome do grupo - Half Moon Run - e eu fui atrás do resto. Caí vítima do som surreal que este trio canadense produz. Um som líquido, fluído, vivo... cheio de essência de florestas e montanhas e rios e vastidões... poderia ser a trilha sonora dos livros de Jack London numa boa...


(Peguei-me inconscientemente e prazerosamente sorrindo ao imaginar as aventuras de Buck e de Caninos Brancos correndo entre pinheiros na brancura da neve das florestas do norte em busca de sua natureza - em busca do que em nós é verdadeiro e selvagem).

Da mesma forma poderia ser a trilha sonora de um filme decente do gaijin mais bronco das HQs, James Howlett, vulgo Logan, vulgo Arma X, vulgo Wolverine. Imaginá-lo cercado de lobos, correndo e uivando pela neve num selvagem frenesi, perdido em seus instintos animais enquanto foge daquilo que ele é...


Tá certo, viajei, mas este é o sentimento. É como se a natureza te chamasse a se perder nela, deixando de lado o verniz da civilização, toda a mentira e a falsidade e hipocrisia... e você se sentir extremamente tentado a ir, a penetrar na floresta, esquecer quem você é e simplesmente se dissolver na imensidão selvagem...

Há algumas músicas no disco mais alegrinhas, de uma tonalidade meio pop, mas é perdoável pelo fato de que eles conseguem manter o ritmo quase o disco inteiro nessa vertigem do chamado selvagem. Pule três faixas e tem-se um disco perfeito. Mas vou deixar você escolher, ou pensar diferente de mim e gostar de todas, ou desclassificar umas cinco.

Afinal, é para isso que estamos aqui, não?


Abraços e bom início de semana.

P.S.: Preparem-se para o 01Pd 500.

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