Dia 126 - Felipe Pereira 119
Sim, meus queridos! Mais uma vez estou aqui pra falar de
música, o que significa que mais uma vez o Michel Euclides me colocou nessa
situação (não que eu não goste dela) e, sim, mais uma vez eu vou me escapar com
MUSE.
E como eu estava ouvindo esse disco hoje mesmo (e ontem,
e antes de ontem e em todos os dias deste ano desde o lançamento no ano passado...),
vou me escapar por aqui falando de The 2nd Law, disco mais recente (e mais
controverso) da banda.
Controverso por que logo no lançamento dos primeiros
singles, mais especificamente falando de Madness, houve uma pequena (imensa)
manifestação por parte dos fãs (que eu costumo chamar carinhosamente de fogo no
rabo), que fizeram um mimimi desgraçado por conta do uso excessivo de dubstep
na música. Logo começou aquela história de “Muse já era”, “traiu o movimento”,
aquela birra desgraçada daqueles fãs meio frescos... Chegou ao ponto do
vocalista do Coldplay sair em defesa da banda (o que, na situação atual do
Coldplay, com suas músicas felizinhas (um dia desenvolverei isso melhor) não
ajuda lá em muita coisa) e a choradeira só foi parar depois que o disco saiu.
E, convenhamos, a porcaria do dubstep nunca na história
da música foi tão bem utilizada quanto nesse disco... Pra falar a verdade,
provavelmente, essa seja a única vez que dubstep seja usado em música a modo de
não parecer que o R2D2 tá travando um duelo de hip hop com o Wall-e.
Aqui aqueles barulhos sem sentido funcionam. E só é usado
em uma música, não mata ninguém.
Os discos do MUSE sempre tem uma ou duas músicas que eu
descarto por não me apegar, que destoam um pouco na minha opinião. Não que eu
não goste delas, é só que tem tantas outras músicas tão impressionantes que
ofuscam essas. Aqui não é diferente. E a que eu descartei aqui é até bem bacana,
mas não me pegou, tem uma sonoridade meio diferente do resto do disco. Ouvida
separadamente é interessante, mas não rolam pra mim. Se chama Explorer, é meio
lenta demais, dá até um pouco de sono.
De reto, todas as outras músicas são eletrizantes. A
começar por Supremacy, um tema de 007 não oficial. Todo mundo que ouve pensa a
mesma coisa: essa chuta a bunda da Adele. E de fato remontagens mostram que
Supremacy cairia bem melhor como tema de James Bond...
Seguindo com a famigerada Madness, uma canção meio
eletrônicazona que eu tive de aprender a gostar, uma batida viciante, se você
entra na vibe do negócio não tem como não se empolgar. Liquid State é um
negócio meio diferente do habitual, até agora não sei se é Matthew Bellamy, o
vocalista, que assume os vocais ou se algum outro membro da banda decidiu se
aventurar cantando, mas o resultado é ótimo. Panic Station, Survival e Animals
são quase um combo! Se encaixam de uma forma impressionante e minuciosa. Animals
tem um final desesperador. Survival, que por sinal foi tema das olimpíadas de Londres! E Follow Me, que todas as vezes que escuto, não sei
por que, me lembro dessa cena:
Não me perguntem por que...
E, para finalizar, The 2nd Law – Unsustainable e The 2nd Law
- Isolated System, dois épicos eletrônicos impressionantes, uma faceta meio
Daft Punk que a banda não havia mostrado ainda. Sinceramente? Espero que eles não
sigam por esse caminho, mas se rolasse um disco spin off nesse estilo eu
ouviria umas mil vezes. Sério. A segunda é menos enérgica, mas não menos épica.
Mesmo com toda a polêmica, com toda a maluquice do
dubstep e da pegada eletrônica... Esse disco é uma joia, garotada. Coisa rara!
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