Arquivo X - 10ª temporada - Episódio 5 Babylon

Mulders Scully atendem a nova geração de caçadores paranormais do FBI em Babylon.

Aqui é o momento em que esse reavivamento de Arquivo X transcende o tempo e o espaço. Foi um breve momento, mas que leva as oscilações de crença. "Estamos apenas deixando a mente voar", diz Mulder.

Isso é mais ou menos onde a cabeça de Mulder estava quando decidiu deixar um cogumelo magico voar para baixo de sua garganta enviando os espectadores a uma viagem  que foi facilmente uma da minhas favoritas de toda série completa, com chapéus de cowboy, dança coreografada e a inestimável imagens de velhos companheiros.

Os pistoleiros Solitários foram um dos aspectos mais agradáveis de toda a serie Arquivo-X, um grupo de teóricos da conspiração totalmente paranoicos para quem as conspirações enxergadas por Mulder são mais que a verdade, tornando-se os parceiros perfeitos para ele. Infelizmente, apesar de sua popularidade dentro da comunidade de fãs do Arquivo-X, os personagens foram mortos no episódio da 9ª temporada, Jump the Shark logo após um spin off estrelado pelo trio ter sido cancelado pela fox.

Uma coisa pequena como a morte não é o suficiente para parar Os Pistoleiros Solitários, no entanto, e Byers (Bruce Harwoord), Frohike (Tom Braidwood) e Langly (Dean Haglund) estão de volta no penúltimo episódio do reebot de Arquivo-X justamente em um clper de Mullder e Scully encontrando novos agente no que poderia, na melhor da hipóteses, ser descrito como um encontro estranho

Chris Carter escreveu e dirigiu um episódio estruturado como um piloto para uma nova safra de agentes ideologicamente opostos que poderiam assumir os X-files. Se o Agente MIller (Robbie Amell) e a Agente Einstein (Laura Ambrose) realmente irão fazer isso - Carter não descartou essa possibilidade -, as estrelas convidadas e assinaram apenas para um episódio, o ponto é que vemos aqui um episódio teste para ver se a geração dos smartphones ainda é aberta a acreditar.

E aqui não temos um monstro da semana, mas um extremista islâmico que traz os quatro agentes juntos. É fácil descartar o roteiro de Carter como algo que chega tarde para a luta, mas ele provavelmente usa como inspiração um tiroteio real ocorrido em uma exposição de arte anti-islâmica no Texas no ano passado. O episódio espelha esse eventos, ampliando o medo com um atentado suicida, e enviando o FBI para desmontar essa célula terrorista.

Esse é o lugar onde a trama iria ficar suculenta se esse fosse um episódio de 24 Horas. Mas é Arquivo-X, o que leva a uma viagem incrível ao passado com personagens icônicos de toda a série. Fora isso não há muito entusiamo acontecendo. O que o episódio faz, no entanto, é continuar com alguns tópicos importantes que temos visto no renascimento. O episódio martela a beleza ruiva misteriosa que a Agente Einstein coloca (sim, eu tenho um fraco por ruivas). Na semana passada Margaret Scully foi enterrada com seus segredos, um colar com uma medalha misteriosa, que Scully passou a trazer sempre consigo. Está semana, Mulder e Miller fazem um bom caso que atinge perto do coração de Scully ao tentar trazer para fora outro segredo de um jihadista em coma.

Pela segunda semana consecutiva, Arquivo-X puxa maravilhosamente a partir do episódio "One Breath" da segunda temporada, em que Melissa Scully, irmã de Dana, ajuda Mulder a se comunicar com uma Scully vegetando em coma, usando meios espirituais. E trás um pouco da raiva de Mulder, nos episódios sobre o arco da mitologia da serie, "Duane Barry" e "Ascenção", impedido de se conectar com Scully, é possivel que a experiência deu a Mulder a confiança para prosseguir com método alternativo para frustrar os terroristas, Jack Bauer que se dane.

Carter principalmente limpa tudo que não foi bem na estreia (se é que existiu algo) da temporada para enfrentar de maneira pungente perguntas que não podem simplesmente ser respondidas: A teoria de Mulder de que "os pensamentos tem massa" ou ideias como fé e perdão ou a visão do amor incondicional versus ódio implacável como forças extremas operando na natureza humana. Ele ancora o episódio com uma citação tirada diretamente do Livro das Revelações da Bíblia, usando a escatologia cristã - como coisas sobre os fins dos tempos - e nos coloca como dois amantes unidos para reencontrar uma linguagem comum novamente. O que é ótimo se ela puder  nos fazer para dizer: "Eu quero acreditar que..."

Babylon é, certamente, e  prepara-se para ser um episódio estranho, mas quando se trata de Arquivo-X isso não é necessariamente uma coisa ruim. A própria natureza da serie Arquivo-X, tanto no original como nesses renascimento, dá muita margem de manobra para condescender com o estranho sem quebrar o espírito do show. Aqui está esperando que o retorno dos Pistoleiros Solitários possam viver até o legado que deixaram para trás com suas mortes.