sexta-feira, julho 03, 2015

O Vinho (2001) - Fagner

 

Já falei aqui várias vezes pelo meu carinho pelo Fagner, um dos artistas mais importantes do Ceará - e do Brasil. Hoje falaremos de um disco de 2001, "O Vinho", dedicado ao Gonzaguinha.


Neste trabalho, Fagner consegue achar um equilíbrio orgânico entre sua fase aguerrida de início de carreira ("O muezim que berra arroios") e os anos 1990 com seu ultrarromantismo. Ele retoma também antigas parcerias (Fausto Nilo e Abel Silva), e cria uma nova com Zeca Baleiro - parceria que rendeu e rende até hoje, para o bem dos fãs.

O disco é consistente e coerente. Fagner é eficiente e honesto em seu cantar, passando verdade e tocando - levemente - as múltiplas vozes que lhe eram características no passado.

Mas o que impera aqui é o lirismo de Fagner, que na maior parte do álbum canta sem fazer esforço, com sua música fluindo entre gêneros - e línguas - diversos, porém se complementando em sua sequência.

Minhas preferidas:

O vinho (Uma das mais lindas, parceria com Fausto Nilo.)
Jardim dos Animais (Forrózim delicioso e romântico, mais uma com Fausto.)
Tempestade (A mais bonita da parceria com Baleiro neste disco.)
Olhar Matreiro (Uma mais antiga, escrita com Cazuza. Você imagina ele cantando facinho.)
Sem Teto (Fagner canta muito, e guitarras distorcidas evocam o passado. Belíssima.)
Feliz (Versão da música de Gonzaguinha.)
Cor invisível (Belo poema de Abel Silva com guitarras portuguesas, é um lindo fado!)
Eu e Tu (Outro forrozim, mais tradicional. Linda!)
Outra Era (Mais um forrozim de raiz, maravilhosa. Mais uma de Fagner e Baleiro.)


É um disco de fácil audição para quem já é fã, mas não indico como porta de entrada para conhecê-lo. Pode ser escutado no sábado à tarde, acompanhado de cervejas geladas.

Altamente recomendado, muito querido e várias vezes escutado.

Abraços a todos e um bom  fim de semana.

E FELIZ FÉRIAS! Que passem devagar. Curtam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!