Vamos examinar o contexto histórico do mundo real com Jonathan Price, o Alto pardal e o seu rebanho de fanáticos de Game of Throne da HBO.
No episódio do último domingo de GoT, a força de um grande jogador foi finalmente revelada para a nova temporada (e provavelmente além): Cersei deixou os Pardais armarem-se em uma ordem militarista, que começou imediatamente a bicar a percepção de corrupção em Porto Real. Isso inclui a dupla álcool/prostituição, bem como lideres seculares poderosamente corruptos com os homens espancados ou abatidos (dependendo da orientação sexual) no bordel de Mindinho e Loras Tyrell...
Para os fãs, que como eu, permanecem sem a mácula por spoilers dos livros, na medida de sua ira, poderia ter tido uma surpresa, especialmente porque eles tinham a capacidade de transformar o rei afastado quando ele foi tentar libertar seu cunhado do Septo de Baelor. É pura fantasia que uma ordem religiosa iria tão rápido em sua ascensão ao poder e força ao longo de uma coroa? Bem, sim e não. A escultura do simbolo dos sete em suas testas a fogo parece um pouco extremo, no enanto, em muitos aspectos GoT entrou na luta épica dos reis da Idade-Média e além. Na verdade, esta semana estamos recebendo nosso primeiro gosto da versão de Westeros da guerra entre a monarquia medieval e a igreja.
A história antiga está repleta de casos em que a aliança entre as instituições terrenas e eternas, a materialista e a supostamente divino, entraram em confronto pelo poder de maneiras sutis ou profundas. Do germânico Otto III (essencialmente) nomeando-se imperador do Sacro-Império Romano depois de marchar sobre Roma, a todo caminho até Henrique II da Inglaterra trazendo o Arcebispado de Canterbury para muito mais perto de Deus no século 12, estes confrontos tem sido, por vezes sangrento e explicito.
Meu exemplo favorito é quando o Papa Bonifácio VIII atreveu-se a levanntar-se contra a França do Rei Felipe IV na virada do século 14... Que terminou com Felipe sendo excomungado e o papa preso, provavelmente torturado e humilhado até a morte. O papado, posteriormente, mudou-se para Avignon e ficou sob a supervisão francesa durante a maior parte do século seguinte.
A piedade dos Pardais / Francisco de Assis
O pano marrom das vestimentas com cintos de roupão que os Pardais usam em seus corpos, a busca humilde do auto-conhecimento e os pés dolorosamente descalços, tornam é a iconografia que George RR Martin e a agora a HBO, tomam emprestado, torna-se bastante obvia; está é uma apropriação de Westeros de São Francisco de Assis e sua Ordem de Frades Menores.
Francisco de Assis, santo da Igreja Católica porque (entre outras coisas), é acreditado ser o primeiro homem a receber os estigmas de Cristo, nasceu Giovanni di Pietro di Bernadonni em algum momento entre 1181 e 1182. Embora a Hagiografia deste reverenciado santo torne difícil de discernir sua real biografia, a noção popular é que ele teve uma vivência jovem de voluntariosa emoção e com gosto para as coisas boas da vida. Na verdade, seu pai Pietro de Bourlemont era um empresário comerciante de tecidos finos, provavelmente seda. A noção popular é que Pietro vivia na França, quando Giovanni ainda era jovem, por isso passou a chamar o filho de Frances, em vez de Giovanni.
E como registrado na Enciclopédia Católica (em uma entrada escrita por Pascal Robinson em 1913), Frances ou Francisco deixara uma vida de riqueza se juntando por duas vezes a campanhas militares fazendo sua história de fundo não muito diferente da de Lancel Lannister em Game of Thrones, que também veio da riqueza e foi ferido em batalha, mas antes experimentou os prazeres mundanos.
A história diz que Frances atravessou a cavalo a planície de Úmbria para se juntar ao exercito do Conde Walter de Brienne (também rei da Sicília através do casamento) e teria visto a lepra contaminando os camponeses. Apesar da gloria da guerra este não era o o verdadeiro destino de Francesco (ele ainda teria sido feito prisoneiro por um ano, quando se juntou a uma campanha em Collestrada). Finalmente o Francesco encontrou Francisco quando sentiu que deveria desmontar e dar a um leproso todo dinheiro que tinha, Frances finalmente aceitara o chamado. Ele tinha resistido após aparentemente ouvir a voz de Deus duas vezes em seus sonhos. Inicialmente ele teria repreendido a Deus dizendo "Eu sei que serei um príncipe", mas depois de ver o leproso aceitou o seu destino de peregrinar até Roma e ficado revoltado com a miséria e a sordidez com que eram tratados os mendigos pobres que enchiam a praça de São Pedro e teve negada a sua entrada na basílica. Ele se resignou a viver na pobreza depois disso.
Em 24 de fevereiro de 1208, diz a lenda ele entrou na Basílica de Santa Maria Degli Angeli em Assis na Itália e foi profundamente tocado pela história de como Cristo e seus discípulos não possuíam nem ouro nem prata, nem sandálias e nenhum outro bem pessoal. Sentido que aquele sermão teria sido feito diretamente para ele, Francisco se colocou a esquerda e imediatamente se despojou de suas roupas e das sandálias optando a ficar descalço como cristo e vestir apenas uma túnica de lã da cor marrom atado pela cintura com uma simples corda, da mesma forma como camponeses mais pobres de Úmbria.
Em 1209, Francisco e mais 11 seguidores peregrinaram a Roma para obter a permissão do papado para começar a pregar uma verdadeira ordem monástica. Levou a maior parte daquele ano para que ele conseguisse seu objetivo, e o mais intrigante, o Papa Inocêncio III aparentemente, não ficara impressionado com a aparência destituída de bens materiais de Francisco durante a primeira reunião. Mas eventualmente, o Papa deu aos Irmãos Menores o direito de fundar oficialmente a Ordem Franciscana ou Frades Menores (uma referência ao Evangelho de Mateus 25: 40-45). Tal era a sua piedade que depois de receber a tonsura eclesiástica (que consistia em ter a cabeça raspada), e mais tarde fundar mais duas ordens, Francisco recusou-se a ser ordenado sacerdote e viveu o resto de sua vida na pobreza humilde.
No entanto, o pacifico Francisco pagou o favor politico do Papa Inocêncio III quando participou em seu nome e sob sua bandeira da Quinta Cruzada para o Egito e até mesmo viajado a terras mais além para tratar com o Sultão Al-Kamil.
O Alto Pardal da Ordem dos Sete, assim como Francisco pagou sua divida com papa, também pagará pelo respeito de Cersei Lennister, não esquecendo quem o legalizou legitimamente.
O Alto Pardal e seu rebanho / Savonarola "os chorões" e a fogueira das vaidades
Passando a era medieval (pelo menos na Itália), com o falecimento do século XV, o seguinte foi um tempo de rejuvenescimento e de iluminação, onde a estrutura das cidade-estados e dos estados pontifícios continuaram a ser governadas livremente pelo papa, mas com cada comunidade se permitindo florescer com certa vitalidade intelectual e artística que não era em seu todo canalizada através do fervor religioso. Na verdade, com o advento da imprensa naquele século muito houve de um impulso aumentado para desmistificar uma fé que apenas o clero podia ler. Eu suma, foi o inicio do Renascimento.
Isso ia mais além em alguns círculos. As pessoas não tem que olhar para a idade antiga para saber que sempre houve algum tipo de progresso cultural e há sempre um fanático vestido com a bandeira da justiça, seja religioso ou não, tentando abortar as coisas e fazer o relógio do tempo andar para trás com uma boa dose de populismo sem freios.
Conheça Girolamo Savonarola, o santo padroeiro não oficial do fanatismo que cospe fogo e discurso conservador. Sob seu feitiço, a cidade-estado de Florença brutalmente, terminou sua idade de ouro da magnificência, em grande parte organizada por Lorenzo de Medici, e em vez disso abraçou os fumos negros das queimas de livros mais lendária deste lado do século XX.
Savonarola tinha prosseguido uma carreira na medicina (por padrões medievais) antes de se tornar um frade dominicano. No entanto, como tantos fanáticos frustrados, sua infância/juventude não havia funcionado muito bem. Vindo de Ferrara, Savonarola ingressou na Universidade para ser médico como seu pai, mas antes mesmo de renunciar os prazeres mundanos para uma vida ascética, ele já era um cara amargo. Ele escrveu poemas intitulados “On the Ruin of the World” e “On the Ruin of the Church” (A Ruína do Mundo e A Ruína da Igreja), entre 1472 e 1475 recuando na corrupção bruta, não improcedente da igreja, mas denunciando o retorno percebido ao adultério greco-romano, a sodomia, o assassinato e a inveja na Itália renascentista. Finalmente, em 1745, fugiu para Bolonha e estudou para entrar na carreira eclesiástica.
Ele veio pela primeira a Florença como conferencista e professor no convento de San Marco, 1482. No entanto sua permanência no norte da Itália e os seus juízos apocalípticos foram considerados um fracasso entre os florentinos que, inicialmente, ignoraram o frade. Ele finalmente voltou ao norte antes de voltar a Florença. em 1490, cada vez mais revoltado com o que viu como extravagância excessiva da cidade abraçada pelos Medicis, especialmente Lorenzo, que até sua morte em 1492 foi um estadista célebre na cidade para (principalmente) manter a paz com os outros estados pontifícios e financiar muitas frivolidades da cidade aos olhos do papado. Seus esforços anuais para o Carnaval, e até mesmo as obras publicas, incluindo a arte de Sandro Botticelli patrocinado por Lorenzo.
Lorenzo morreu em 1492, assim como as declarações de julgamento que Savonarola estava desenvolvendo em audiências; de fato, nesse mesmo ano, os sermões de Savonarola eram tão populares que ele mudou-se para a Catedral de Santa Maria del Fiore. Para Savonarola e seus seguidores, a propagação da sífilis na Itália era o resultado de transgressões e dos sodomitas. Ele promovia grandes audiências, em que pregava principalmente a partir do livro das revelações sobre o fim dos tempos, e como os florentinos seriam julgados por seus excessos. Ele também apelou para aqueles em situação de pobreza condenando a vaidade e a corrupção dos ricos e da elite, tanto na Igreja como fora dela (e, implicitamente, os respectivos novos papas Borgia, Alexandre VI, e a família Medici). Muitos na nova classe média de Florença e os donos do dinheiro (banqueiros) apelidaram os seguidores de Savonarola de "piagnoni", ou "Weepers" - Chorões.
Uma das mais famosas profecias de Savonarola foi sobre como o fim estava próximo e que os florentinos teriam de acompanhá-lo em uma nova Arca de Noé proverbial se não quisessem ser varrido na vinda da inundação. Ele, aparentemente, pregou isso a cada domingo da Quaresma em 1494, culminando em seu sermão do dia de Páscoa , onde ele é suposto ter dito: "Vamos todos apressar para dentro da arca do Senhor; Noé convida a todos, a porta está aberta; mas o tempo virá em que a arca será fechada, e muitos se arrependerão de não terem entrado nela. "
No momento em que o rei francês Charles VIII marchou sobre Florença, Savonarola encontrava-se em uma posição privilegiada. Charles VIII estava cortando um caminho sangrento através do Estados Pontifícios com o objetivo de chegar a Roma e (realmente) Nápoles. E com o advento do exército do invasor francês às portas, o filho de Lorenzo Piero de Medici (também conhecido como "Piero o infeliz") foi expulso pelo povo de Florença, e Savonarola impulsionou sua imagem junto ao rei francês, que em última análise, poupou Florença .
Encorajado por sua nova legitimidade e sua influência sobre o governo "popular", formado na sequência do exílio dos Medici, Savonarola começou a pregar que Florença iria inaugurar uma renovada era de pureza religiosa nos Estados Pontifícios, libertando-se da corrupção da Igreja e trazer de volta a Itália para mais perto de Deus, o "umbigo" em primeiro lugar, como costumava dizer.
Assim, em fevereiro de 1495, em vez de celebrar o carnaval como os carnavais popularizadas por Lorenzo de Médici, Savonarola inaugurou sua primeiro Fogueira das Vaidades. Fogueiras tinham sido realizadas antes, mas eles se tornaram comuns ena Florença, onde qualquer coisa considerada arte seria pecaminosas ou tentadoras, livros, manuscritos, tapeçarias, jóias, esculturas, perucas, até mesmo, em alguns casos falsos. Obras de Dante e Botticelli, Ovídio e Lorenzo di Credi, foram lançados às chamas. Botticelli foi mesmo forçado a entregar pessoalmente sua própria arte à fumaça envolvente. E uma vez que a única cultura em Porto Real de Game of Thrones parece ser bebida e prostituição, é também certo que os pardais começaram por elas
Savonarola eventualmente recrutava jovens e infantes seguidores do sexo masculino para ir de porta em porta, e espreitar as casas dos vizinhos para confiscar itens que precisavam ser queimado. Essa Gestapo das mais fanáticas (ou Pardais) como seguidores de Salvonarola orgulhosamente levam o título de "Chorão", uma vez que a qualquer sinal de escárnio, eles entram em ação. Isto levou à fogueira mais famosa em 07 de fevereiro de 1497, quando espelhos, máscaras de carnaval, instrumentos musicais, ornamentos, estátuas nuas, e inúmeras outras obras se perderam para sempre.
O que finalmente trouxe Savonarola para baixo, de todas as coisas, foi o infame Borgia, o Papa que fez pelo menos várias outras boas ações, não menos do que foi a remoção desse fanatismo doente. Enquanto Rodrigo Borgia desgostoso com Savonarola como um patrono da arte, ele tendia a fechar os olhos para Florença até a cidade-estado se recusar a participar de sua "Liga Santa" contra o rei francês Carlos VIII em 1495. Em um movimento político, o Papa Borgia convocou Savonarola a Roma em 1496, o que provavelmente não teria acabado bem para o bom-frade fanático, mas o florentino diminuiu-se, sugerindo que ele estava muito fraco de saúde para fazer a viagem. Caiu porem na outra extremidade da armadilha do papado, o Papa seguinte, Alexandre VI, proibiu Savonarola de pregar em público, doravante. O frade cumpriu por alguns meses antes de retornar a seus caminhos de queima de livros.
Em maio de 1497, o Papa Alexandre VI excomungou Savonarola da igreja e ameaço Florença com um interdito (a negação da comunhão e da missa para todos os florentinos). Instantaneamente, Savonarola tornou-se uma figura mais divisionista ainda, o que culminou em sua humilhação em 1498, quando Savonarola foi desafiado a provar suas profecias e capacidades milagrosas implícitas andando através do fogo. Depois de se recusar na presença da multidão, um dos seguidores mais acérrimos de Savonarola, Frei Domenico, ofereceu-se para andar através do fogo, antes adiar e finalmente cancelar o milagre devido à chuva. Uma multidão enfurecida invadiu convento florentino dos frades, e Savonarola e seus dois defensores mais próximos foram presos.
Sob tortura, Savonarola "confessou" que ele fabricou suas visões e profecias. Ele, junto com Frei Domenico e Frei Silvestro, foram enforcados publicamente e queimados vivos na Piazza della Signoria simultaneamente. Ele tinha 45 anos de idade.
Niccolo Machiavelli, Maquiavel para nós, um companheiro da Florença contemporâneo de Savonarola, de forma sucinta (e desprezo) escreveu sobre ascensão e queda de Savonarola em O Príncipe, "Se Moisés, Ciro, Teseu e Rômulo tivessem sido desarmado eles não poderiam ter reforçado suas constituições por muito tempo, como aconteceu no nosso tempo de Frei Girolamo Savonarola, que foi destruído com a sua nova ordem de coisas imediatamente [quando] a multidão creram nele há mais tempo, e ele não tinha meios de se manter firmes nos que acreditaram ou si fizeram incrédulos para crer ".
Se a alto Pardal vai experimentar uma tal queda da graça continua é o que veremos, mas ele compartilha com o desdém de Savonarola para qualquer coisa mundana ou prazerosa, e denuncia claramente o adultério e a sodomia da classe privilegiada, incluindo a má Loras Tyrell. E é seguro assumir que após esse episódio de Game of Thrones , a fogueira está apenas começando em Porto Real.
O Alto Pardal e seu rebanho / Savonarola "os chorões" e a fogueira das vaidades
Passando a era medieval (pelo menos na Itália), com o falecimento do século XV, o seguinte foi um tempo de rejuvenescimento e de iluminação, onde a estrutura das cidade-estados e dos estados pontifícios continuaram a ser governadas livremente pelo papa, mas com cada comunidade se permitindo florescer com certa vitalidade intelectual e artística que não era em seu todo canalizada através do fervor religioso. Na verdade, com o advento da imprensa naquele século muito houve de um impulso aumentado para desmistificar uma fé que apenas o clero podia ler. Eu suma, foi o inicio do Renascimento.
Isso ia mais além em alguns círculos. As pessoas não tem que olhar para a idade antiga para saber que sempre houve algum tipo de progresso cultural e há sempre um fanático vestido com a bandeira da justiça, seja religioso ou não, tentando abortar as coisas e fazer o relógio do tempo andar para trás com uma boa dose de populismo sem freios.
Conheça Girolamo Savonarola, o santo padroeiro não oficial do fanatismo que cospe fogo e discurso conservador. Sob seu feitiço, a cidade-estado de Florença brutalmente, terminou sua idade de ouro da magnificência, em grande parte organizada por Lorenzo de Medici, e em vez disso abraçou os fumos negros das queimas de livros mais lendária deste lado do século XX.
Savonarola tinha prosseguido uma carreira na medicina (por padrões medievais) antes de se tornar um frade dominicano. No entanto, como tantos fanáticos frustrados, sua infância/juventude não havia funcionado muito bem. Vindo de Ferrara, Savonarola ingressou na Universidade para ser médico como seu pai, mas antes mesmo de renunciar os prazeres mundanos para uma vida ascética, ele já era um cara amargo. Ele escrveu poemas intitulados “On the Ruin of the World” e “On the Ruin of the Church” (A Ruína do Mundo e A Ruína da Igreja), entre 1472 e 1475 recuando na corrupção bruta, não improcedente da igreja, mas denunciando o retorno percebido ao adultério greco-romano, a sodomia, o assassinato e a inveja na Itália renascentista. Finalmente, em 1745, fugiu para Bolonha e estudou para entrar na carreira eclesiástica.
Ele veio pela primeira a Florença como conferencista e professor no convento de San Marco, 1482. No entanto sua permanência no norte da Itália e os seus juízos apocalípticos foram considerados um fracasso entre os florentinos que, inicialmente, ignoraram o frade. Ele finalmente voltou ao norte antes de voltar a Florença. em 1490, cada vez mais revoltado com o que viu como extravagância excessiva da cidade abraçada pelos Medicis, especialmente Lorenzo, que até sua morte em 1492 foi um estadista célebre na cidade para (principalmente) manter a paz com os outros estados pontifícios e financiar muitas frivolidades da cidade aos olhos do papado. Seus esforços anuais para o Carnaval, e até mesmo as obras publicas, incluindo a arte de Sandro Botticelli patrocinado por Lorenzo.
Lorenzo morreu em 1492, assim como as declarações de julgamento que Savonarola estava desenvolvendo em audiências; de fato, nesse mesmo ano, os sermões de Savonarola eram tão populares que ele mudou-se para a Catedral de Santa Maria del Fiore. Para Savonarola e seus seguidores, a propagação da sífilis na Itália era o resultado de transgressões e dos sodomitas. Ele promovia grandes audiências, em que pregava principalmente a partir do livro das revelações sobre o fim dos tempos, e como os florentinos seriam julgados por seus excessos. Ele também apelou para aqueles em situação de pobreza condenando a vaidade e a corrupção dos ricos e da elite, tanto na Igreja como fora dela (e, implicitamente, os respectivos novos papas Borgia, Alexandre VI, e a família Medici). Muitos na nova classe média de Florença e os donos do dinheiro (banqueiros) apelidaram os seguidores de Savonarola de "piagnoni", ou "Weepers" - Chorões.
Uma das mais famosas profecias de Savonarola foi sobre como o fim estava próximo e que os florentinos teriam de acompanhá-lo em uma nova Arca de Noé proverbial se não quisessem ser varrido na vinda da inundação. Ele, aparentemente, pregou isso a cada domingo da Quaresma em 1494, culminando em seu sermão do dia de Páscoa , onde ele é suposto ter dito: "Vamos todos apressar para dentro da arca do Senhor; Noé convida a todos, a porta está aberta; mas o tempo virá em que a arca será fechada, e muitos se arrependerão de não terem entrado nela. "
No momento em que o rei francês Charles VIII marchou sobre Florença, Savonarola encontrava-se em uma posição privilegiada. Charles VIII estava cortando um caminho sangrento através do Estados Pontifícios com o objetivo de chegar a Roma e (realmente) Nápoles. E com o advento do exército do invasor francês às portas, o filho de Lorenzo Piero de Medici (também conhecido como "Piero o infeliz") foi expulso pelo povo de Florença, e Savonarola impulsionou sua imagem junto ao rei francês, que em última análise, poupou Florença .
Encorajado por sua nova legitimidade e sua influência sobre o governo "popular", formado na sequência do exílio dos Medici, Savonarola começou a pregar que Florença iria inaugurar uma renovada era de pureza religiosa nos Estados Pontifícios, libertando-se da corrupção da Igreja e trazer de volta a Itália para mais perto de Deus, o "umbigo" em primeiro lugar, como costumava dizer.
Assim, em fevereiro de 1495, em vez de celebrar o carnaval como os carnavais popularizadas por Lorenzo de Médici, Savonarola inaugurou sua primeiro Fogueira das Vaidades. Fogueiras tinham sido realizadas antes, mas eles se tornaram comuns ena Florença, onde qualquer coisa considerada arte seria pecaminosas ou tentadoras, livros, manuscritos, tapeçarias, jóias, esculturas, perucas, até mesmo, em alguns casos falsos. Obras de Dante e Botticelli, Ovídio e Lorenzo di Credi, foram lançados às chamas. Botticelli foi mesmo forçado a entregar pessoalmente sua própria arte à fumaça envolvente. E uma vez que a única cultura em Porto Real de Game of Thrones parece ser bebida e prostituição, é também certo que os pardais começaram por elas
Savonarola eventualmente recrutava jovens e infantes seguidores do sexo masculino para ir de porta em porta, e espreitar as casas dos vizinhos para confiscar itens que precisavam ser queimado. Essa Gestapo das mais fanáticas (ou Pardais) como seguidores de Salvonarola orgulhosamente levam o título de "Chorão", uma vez que a qualquer sinal de escárnio, eles entram em ação. Isto levou à fogueira mais famosa em 07 de fevereiro de 1497, quando espelhos, máscaras de carnaval, instrumentos musicais, ornamentos, estátuas nuas, e inúmeras outras obras se perderam para sempre.
O que finalmente trouxe Savonarola para baixo, de todas as coisas, foi o infame Borgia, o Papa que fez pelo menos várias outras boas ações, não menos do que foi a remoção desse fanatismo doente. Enquanto Rodrigo Borgia desgostoso com Savonarola como um patrono da arte, ele tendia a fechar os olhos para Florença até a cidade-estado se recusar a participar de sua "Liga Santa" contra o rei francês Carlos VIII em 1495. Em um movimento político, o Papa Borgia convocou Savonarola a Roma em 1496, o que provavelmente não teria acabado bem para o bom-frade fanático, mas o florentino diminuiu-se, sugerindo que ele estava muito fraco de saúde para fazer a viagem. Caiu porem na outra extremidade da armadilha do papado, o Papa seguinte, Alexandre VI, proibiu Savonarola de pregar em público, doravante. O frade cumpriu por alguns meses antes de retornar a seus caminhos de queima de livros.
Em maio de 1497, o Papa Alexandre VI excomungou Savonarola da igreja e ameaço Florença com um interdito (a negação da comunhão e da missa para todos os florentinos). Instantaneamente, Savonarola tornou-se uma figura mais divisionista ainda, o que culminou em sua humilhação em 1498, quando Savonarola foi desafiado a provar suas profecias e capacidades milagrosas implícitas andando através do fogo. Depois de se recusar na presença da multidão, um dos seguidores mais acérrimos de Savonarola, Frei Domenico, ofereceu-se para andar através do fogo, antes adiar e finalmente cancelar o milagre devido à chuva. Uma multidão enfurecida invadiu convento florentino dos frades, e Savonarola e seus dois defensores mais próximos foram presos.
Sob tortura, Savonarola "confessou" que ele fabricou suas visões e profecias. Ele, junto com Frei Domenico e Frei Silvestro, foram enforcados publicamente e queimados vivos na Piazza della Signoria simultaneamente. Ele tinha 45 anos de idade.
Niccolo Machiavelli, Maquiavel para nós, um companheiro da Florença contemporâneo de Savonarola, de forma sucinta (e desprezo) escreveu sobre ascensão e queda de Savonarola em O Príncipe, "Se Moisés, Ciro, Teseu e Rômulo tivessem sido desarmado eles não poderiam ter reforçado suas constituições por muito tempo, como aconteceu no nosso tempo de Frei Girolamo Savonarola, que foi destruído com a sua nova ordem de coisas imediatamente [quando] a multidão creram nele há mais tempo, e ele não tinha meios de se manter firmes nos que acreditaram ou si fizeram incrédulos para crer ".
Se a alto Pardal vai experimentar uma tal queda da graça continua é o que veremos, mas ele compartilha com o desdém de Savonarola para qualquer coisa mundana ou prazerosa, e denuncia claramente o adultério e a sodomia da classe privilegiada, incluindo a má Loras Tyrell. E é seguro assumir que após esse episódio de Game of Thrones , a fogueira está apenas começando em Porto Real.
Alto Pardal, pode não ter sido baseado em nenhum personagem histórico. Porém, sem querer, o personagem da série é muito semelhante a Frei Dolcino, que foi considerado herético pela Igreja Católica no século XIV. Foi queimado como herege pelo papa Clemente V. Era completamente maluco. Fanático ao extremo. Sua seita, a dos Dolcinianos, tinha entre outros ¨dogmas¨assassinar padres que não concordavam com suas teorias. Entre elas, o voto de pobreza. Que devia ser imposta por meio da violência. Também perseguiam pessoas que não eram castas...que viviam em pecado. Mas, Frei Dolcino tinha uma caso com Margaret de Trento, segundo muitos historiadores. Leiam ou vejam o filme O Nome Da Rosa. O livro é espetacular. O filme é muito bom.
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