Dos dias que eu sei, as tardes mais belas e poéticas são as de sábado. Elas podem ser claras e frescas, quentes e úmidas, frias e escuras - mas são sempre ricas em possibilidades.
Jaz na essência dessas tardes uma riqueza, uma tendência a reflexões, uma certa letargia saudável que te faz feliz e culpado em tirar uma soneca. O ócio sente-se extremamente à vontade nessas tardes.
E o amor.
Geralmente, o momento de espera do amor é sábado à tarde. Ele antecede a noite, um cinema, um jantar - a fuga da rotina; e antecede também a manhã de domingo, tão solar e esperada.
Nada como sentar à mesa de um bar numa tarde sabadesca e saborear uma cerveja gelada. Seja acompanhado de bons amigos ou cercado de ilustres estranhos, essa ocasião filosófica tão intensa traz em si uma gostosa nostalgia - encorpada e com uma suave espuma branca. Navegar no passado e contemplar o futuro são coisas agridoces que te transformam numa pessoa mais... profunda.
Por que não?
Sendo as tardes de sábado assim, multissensoriais, como não seriam também musicais? Pensando nisso, abracei algumas canções que me marcam e que me remetem à este dia da semana tão complexo e completo, e às suas tardes. Mergulhei nelas, pedi ajuda de alguns amigos e - voilà! Ei-la.
Espero que possam ouvi-la com carinho, e que suas tardes de sábado sejam tão cheias de significados quanto as minhas.
Abraços.
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