quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Shazam & A Sociedade dos Monstros, Jeff Smith

Pra quem não conhece Jeff Smith, o cara é o criador, desenhista e autor de Bone, uma das HQs de maior sucesso (e duração) da história moderna dos quadrinhos. Uma maxi série que durou de 1991 a 2004 e teve 55 edições, recebendo as mais diversas e incontáveis premiações.
Então, um dia, decidiram deixar o Jeff Smith desenhar uma HQ do Shazam. Pra se ter uma ideia, visualmente falando, é como se dessem uma HQ do Wolverine para o Victor Caffagi fazer a coisa dele.

O resultado chegou às bancas brasileiras no final de 2014 (já rolava pelos EUA desde 2007) e se chama Shazam! & A Sociedade dos Monstros. A trama reconta as origens do herói da DC e dá a ele um novo e implacável primeiro desafio: um inimigo misterioso que promete exterminar a raça humana da face do planeta.
A história acompanha o garoto Billy Batson, órfão que mora sozinho em uma casa abandonada e sobrevive com a ajuda de um velho chamado Sr. Malhado. Tudo começa quando o Billy entra em um trem seguindo um homem que ele acredita ser seu pai desaparecido e acaba indo parar em uma caverna com sete estátuas gigantesca e um velho sentado em um trono. O Homem se apresenta como O Mago Shazam, explica suas motivações e concede ao garoto uma série de poderes mágicos que o capacitariam a lutar contra o mal.
Assim que Billy sai da caverna, ele se depara com seu primeiro e assustador desafio: uma invasão alienígena que é bem mais sombria e perigosa do que aparenta, liderada pelo alien Sr. Cérebro, um ser que tem a aparência de uma lagarta e controla robôs gigantescos com o objetivo de aniquilar araça humana.
A revista foi publicada nos EUA em 4 edições e chega ao Brasil em um encadernado de 212 páginas pelas competentes mãos da Panini (isso foi totalmente gratuito), que deu a ela um tratamento todo especial e um precinho camarada.
O traço de Jeff Smith não mudou muito desde Bone, o que confere à HQ um aspecto quase infantil, bastante cartunesco, negócio até meio fofo. O roteiro é aventuresco, frenético, com um ritmo que nunca diminui. Além de tudo, visualmente, a revista é simplesmente linda!
O foco da história é realmente na aventura, o que torna a experiência de leitura bastante agradável e rápida, algo que deve prender leitores de todas as idades, mesmo aqueles que não são grandes conhecedores da mitologia do herói. Tipo eu.

Mesmo não sendo exatamente um herói popular, o Capitão Marvel é um personegem absurdamente carismático, tanto como Capitão quanto como Billy Batson. E essas duas personalidades foram trabalhadas muito bem por Smith, o que acaba conferindo à história uma profundidade muito bem vinda.


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