quarta-feira, outubro 29, 2014

Honeymoon (2014)


Quando o objeto dos seus desejos se torna algo inesperado


Honeymoom, ou Lua de Mel - tomara que o titulo em português fique literal mesmo -, pertence a uma longa linhagem de filmes sobre pessoas que podem não saber o suficiente sobre o recente objeto de sua admiração. Ótimos filmes de terror foram construídos em torno do conceito de protetor que se torna uma ameaça, como pessoas como o marido de Rosemary - Em o Bebé de Rosemary, que se aliou ao diabo para trazer seu bebé ao mundo sem o conhecimento dela. Você pode ter se casado com o cara ou a mulher perfeito (a), mas você realmente o (a) conhece? Isto é um conceito central em narrativas cinematográficas sobre relacionamento entre gêneros, o medo que surge à partir da sugestão de que a pessoa que dorme ao seu lado, ele ou ela, não é o que você imagina ser. Para maior parte, esses thrillers e filmes de terror são construídos em torno do agressor do sexo masculino: um marido ou namorado com um segredo mortal.

Honeymoon de Janiak, inteligentemente transforma a mesa do sexo, tornando a linda noiva em alguém com um algo a esconder. Eu até desejei que o filme tivesse retido algumas informações por mais tempo para elevar a tensão total, mais ainda assim ele é um legitimo representante do gênero; sólido, e perfeitamente feito princialmente por duas performances totalmente comprometidas com seus talentos.

Rose Leslie e Harry Treadway interpretam Bea e Paul respectivamente. Eles são bonitos, tem uma grande química, e parecem estarem destinados a ter uma bela lua de mel em uma remota cabana no meio de uma densa floresta. Eles podem fazer caminhadas na floresta, dizer oi para o habitantes locais e desfrutar da privacidade de recém casados e eles precisam começar uma vida juntos. Bea e Paul tem obrigação de encontrar a felicidade, certo?. Hora, esse filme se chama lua de mel, o que poderia dar errado?

O primeiro sinal de que as coisas podem ficar ruins vêm em forma de misteriosas luzes no meio da noite. Temos um momento "Invasores de Corpo", e um encontro esquisito com um casal na cidade. Algo não parece certo nessas florestas antes que se perceba, Bea passa por um estado de sonambulismo, e volta um pouco diferente. Há marcas no seu corpo que não podem ser explicadas, e de forma mais eficaz em tudo, Paul não parece estar completamente ciente da identidade de Bea depois de algum tempo. Ela já não sabe fazer o café. Frases estão fora do lugar e os detalhes de sua história juntos até então parecem confusos e desconexos. A mulher luxuriosa que chegou na cabana foi substituída por alguém que nega sexo regularmente, Que diabos está acontecendo?


A maior falha do filme esta em que sabermos exatamente o que está acontecendo. As luzes na floresta, as inconsistências no comportamento humano em filmes desse tipo nos ensina que Bea não é mais o que ela costumava ser. Janiak devia ter deixado o drama de desejo do comportamento humano um por um pouco mais de tempo fora da narrativa. Se Honeymoon optasse por questionar a sanidade de Paul tanto quanto questionasse a mudança de comportamento de Bea, ele teria se sentindo mais forte e convincente. E se Bea não fosse realmente "diferente", mas apenas um tipo mau-humorada, uma noiva inconsistente? E se Honeymoon tivesse mantido seus segredos e mistério apenas para um desfecho final?


Porque Janiak não e decidiu por isso, há elementos do enredo do filme que são colocados de uma maneira muito previsível. Dito isso, o que temos como resultado, ainda é agradável, e bem feito para além da previsibilidade. Janiak sabe como lidar com as mudanças de tons da produção e Leslie E Treadaway são ambos muito aqui, aparecendo basicamente em todas as cenas, quando não os dois, pelo menos um deles. Leslie em particular, tem que nos mostrara muitos momentos fisicamente desafiadores e ele é excelente para transmitir a realidade de uma situação aterrorizante. Você pode ver a transformação da antiga Bea na nova Bea, que talvez seja o aspecto mais aterrorizante do filme, embora tudo nos chegue de uma maneira muito sutil, reforçado pelo sentimento real, de que possa ser algo horrível assistir a transformação da pessoa amada em algo que você nunca imaginou. Não são as grandes mudanças que acontecem com nossos entes queridos que nos assustam, mas a realização lenta de como isso se processa com o sentimento de que algo não estar certo.

Na melhor das hipóteses, Honeymoon transcende como gênero de cinema para capturar algo com o qual todos nós podemos nos relacionar e vivenciar: Aquele momento em que você sabe que algo está errado no seu relacionamento.

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