sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Assassins Creed IV: Black Flag


Depois de algum tempo sem postar sobre games, desde o ano passado quando encerramos o projeto de um game por mês, voltamos com uma postagem que já estava pronta desde dezembro do ano passado e que ficou para trás, mas não esquecida. Afinal estamos falando de uma das mais queridas franquias do mundo dos games.



Todo mundo sabe que eu sou muito fã de Assassin's Creed, mesmo que estivesse, como o Michel, esperando mais do final da história de Desmond. Também concordo com a crítica costumas que fazem a franquia de abusar do ritmo com que lançam sequencias (1 ano), o que a torna uma forma de ganhar dinheiro fácil. No mundo dos games chamamos isso de "monetização".

Apesar disso AC vende muito porque existe uma legião de fãs avidos por suas histórias, apesar de sentir que estão a se fartar de alguns elementos da franquia e já era hora de ela dar um tempo, uma retirada estratégica.

Seria bom para alguns gamers que jogaram um ou dois títulos e não desejam deixar de jogar todos. E para aqueles que nunca começaram a série e nem querem se aventurar, por que tem muitos títulos e ainda saí um todo ano.Tempo também para atrair novos jogadores. 

Finalizando com a historia de Desmond Miles a Ubisoft tinha o momento perfeito para investir esforços e criatividade para dar uma refrescada na franquia apesar do IV à frente do nome indicar uma continuidade.

Assim, Assassin's Creed IV: Black Flag é uma mistura de ideias novas com uma mecânica velha e conhecida de todos os fãs. São os modelos de sempre, a mesma interface do animus, o mesmo banco de dados, a mesma capacidade trapezista e a mesma mecânica de combate, mas num cenário tropical .Estamos na pele  do pirata Edward Kenway. Se o nome não lhe é estranho não é coincidência.


Um assassino com um código moral de um pirata que tem seu próprios navio? Onde é que eu assino?.Sendo um pirata muito de suas aventuras se passará em alto mar, combatendo com navios de vários tamanhos, de varias civilizações. O sistema de batalhas navais que tanto agradou no lançamento anterior, foi aprofundado e ganhou melhorias que causa uma excelente sensação mesmo que pareça monótono em seu começo.

Um navio enorme a mercê de ondas poderosas em um mar revolto é algo que não tinha sido tentado em um jogo até agora e em nível tão convincente que faltou apenas o cheiro da maresia. Tudo está perfeito desde o tamanho do mar que você dispo~e para se aventurar até o comportamento imprevisível do ambiente marítimo. Navegar tinha tudo para ser uma experiencia aborrecida e você até pensa que não vai aguentar aquilo pelas longas horas que o jogo exige, mas quando se segura no timão, somos tomado pelo verdadeiro espirito pirata e navegamos por horas sem vontade de abandonar o mar. Nunca o oceano foi recriado com tanta perfeição - ainda que eu goste mais de nadar no mar de Los santos com Miachel do GTA V, ainda assim ele é perfeito desde o aspecto visual até seu comportamento físico. Nas tempestades o barco quase chega a virar quando toma um rajada de vento pelo costado. Onda enormes lhe obrigam a enfrentá-las de frente sob pena de ir a pique.

Exato por esse aspecto novo do jogo é que Kenway nos é apresentado em uma batalha genérica como um naufrago, mas já um experiente pirata com habilidades superiores um tanto difícil de explicar apenas por seus relacionamentos até então. Edward é o seu nome, mas a sua linhagem não é nova. há um elemento nele que o torna familiar para nós. Um dos fortes da serie sempre foi a caracterização. Este nação é um trabalho primoroso da Ubisoft nesse aspecto, mas rapidamente você se renderá a personalidade livre e mercenária de Kenway. Ele é o mais "bronco" e agressivo dos protagonista da série (aparentemente o neto saiu ao avô, ficando a nosso cargo se mais que o brilho do ouro o que motiva Kenway.


A Abstergo, outrora uma companhia com interesses nos segredos templários com o objetivo de dominar o mundo, agora parece estar interessada no mundo do entretenimento. Como é norma na história o animus é a interface que tem um novo sujeito, um caso especial, talvez uma ligação com os antepassados de Desmond recuperando a memórias de Edward Kenway.

A presença das cutscenes, uma constante, incluindo os flashbacks nos mostra a vida anterior de Kenway e vão nos dando um contexto aos pedaços. As ilhas, os cenários paradisíacos um cenário que retira muito da navegação apresentada com AC III, mas nos devolve em liberdade, agora que o elemento de navegação marítima tem a mesma importância que as ações em terra. A navegação pelo mar é um dos pontos altos da histórias, com orcas gigantes a saltar, uma fauna marítima com gaivotas e toda variedade de vida marítima.

Tecnicamente esta entrega não se livrou ainda dos problemas de polimento e ainda que eu não dê muita importância a este pormenor fui presenteado com texturas sobrepostas, fiquei preso numa parede, atravessei outras com se fosse invisível e até vi pessoas desaparecer e aparecer na minha frente como fantasmas.

Alem da cidades principais Kingston, Havana e Nassau, há ainda um cem numero de lugares a visitar, que vão desde de cavernas, fortes, ruínas maias a pequenas ilhas com fazendas para serem saqueadas. Além disso o mar com navios de bandeiras espanholas e inglesas espera para serem pilhados. Os combates navais, com disparos frontas, canhões laterais, barris de pólvoras e as investidas, desvanece-se rapidamente apesar da variedade e depois apenas a navegação continua soberana como forma de diversão.


É um jogo tão dividido, que o próprio sistema de progressão funciona em duas áreas distintas, Edward, o assassino pirata, e Jackdaw, o navio. Nos dois sistemas a Ubisoft aplicou aquilo que aprendeu em experiências passadas, e não apenas na série Assassin's Creed. As peles dos animais servem de matéria-prima para criar formas de armazenamento, tal como em Far Cry 3. Já os melhoramentos ao navio pirata, permitem torná-lo cada vez mais temível, estou certo que fantasiaram com isso a certa altura.

Tudo isto gira à volta de uma coisa simples, o dinheiro. Que mais podia ser quando falamos de piratas? O progresso das partes do barco, das armas e fatos de Edward requerem dinheiro, e se não gostarem da vida de caça, as peles dos animais também podem ser comprados. Tudo isto é facilmente acessível na cabine do comandante, a nossa cabine. Há um charme especial em percorrer um sandbox com um navio como "Hub", uma bandeira preta hasteada e uma luneta em punho em busca de novas conquistas.

talvez fosse o momento para uma parada estratégica, até porque a Ubisoft mantem em andamento alguns outros projetos, que seria bom recerb um pouco mais de atenção. De todo e apesar do lançamento anual, a Ubisoft consegue sempre dar alguma frescura à série, no ano passado foram os cenários naturais, este ano o tema e tom do mundo do caribe. Tudo o que gostamos em Assassin's Creed, aliado à vida de um comandante pirata? Sim, obrigado.


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