Dia 32.
Olá leitores! Voltando como tinha dito que faria aos livros do meu top 10 do ano passado, resolvi falar nessa resenha sobre um livro que foi um presente (em todos os sentidos) de uma amiga muito querida: Rebecca, da autora Daphne du Maurier.
Alguns de vocês podem conhecer a estória, que foi adaptada para o cinema, em 1941, pelo grande cineasta Alfred Hitchcock, com o título de Rebecca: A mulher inesquecível, tendo inclusive levado naquele ano o Oscar de melhor filme.
No livro, somos arrastados para as lembranças da protagonista, que começa falando de sua rotina habitual com o marido em um dos muitos hotéis em que costumam percorrer o mundo agora que como ela nos faz sentir, não tem mais um lar para chamar de seu.
"É engraçado, pensei, como a rotina da vida persiste e, aconteça o que acontecer, fazemos sempre as mesmas coisas: comemos, dormimos, tomamos banho e nos vestimos. Nenhuma crise da existência rompe a força do hábito."
Ela relembra a primeira vez que o viu, e de como todo relacionamento dos começou, e tudo que parecia tão promissor foi se tornando angustiante quando eles retornaram para propriedade do marido.
“Sonhei,
a noite passada, que voltava a Manderlei.”
Sentimos a angústia daquela menina, que acabara de se casar, e como ela se sente permanentemente comparada a Rebecca, primeira esposa de seu marido, que segundo todos era a mulher perfeita e por quem seu Max, era profundamente apaixonado.
O livro tem um tom de suspense carregado de drama no ponto certo, sem exageros. A protagonista ser alguém com que podemos facilmente nos identificar é outro grande ponto positivo, afinal não importa sexo e idade, em algum momento nos pegamos na vida nos perguntando se éramos mesmo bons o suficiente para a pessoa que amamos ou se ela estava conosco mesmo como primeira opção.
A insegurança é uma falha inata a todos nós simplesmente por sermos humanos, por isso entender o que essa jovem sente no livro é fácil, assim como também é, deixar passar os pontos que não só notamos depois, por estarmos tão focados a seguir o olhar do que a protagonista nos mostra, como ela vê.
Mas essa para mim é a melhor parte do livro, reler e reencontrar sempre pistas que deixei passar quando li pela primeira vez. Recomendo a todos os amantes de um romance cheio de reviravoltas e onde nenhum personagem é exatamente quem parece ser no início.
Foi com certeza uma das minhas mais gratas surpresas do ano passado e já pretendo no futuro resenhar mais livros da autora aqui.
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