domingo, dezembro 08, 2013

MOB CITY - Episódio piloto

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Série: MOB City (2013)
Criação: Frank Darabont
Elenco: Ido Godberg, Roger Groh, Michael McGrady e outros

Dentro da Lei, fora da Lei. MOB CITY, baseado no romance L.A. Noir de John Butin. A série é a dupla biografia do duelo entre duas figuras do passado de Los Angeles: O mafioso Mickey Cohen e o chefe da policia de Los Angeles, William Parker.


Uma elegante produção e criação de Frank Darabont (The Walking Dead) que nos conta uma história que acrescenta mais ao debate e as origens de uma das mais belas e incompreendida cidades da America estadunidense, inextricavelmente entrelaçada com sua força policial e o seu submundo do crime. Uma contribuição maravilhosamente agradável para compreensão dessa interação

A série marcou sua estreia no último dia 04 na TNT, e como de costume no canal, o piloto se compôs por dois episódio na mesma exibição, algo muito bem vindo porque talvez um apenas não fosse suficiente para estabelecer o intricado arco dos personagem. A história é desenvolvida à partir de duas linhas de tempo diferentes, os anos 1920, a época de ouro dos gangsteres americanos, e os anos 1940, quando a máfia expandiu-se e se estabeleceu na sociedade americana de maneira que alguns definiam, como câncer. Nas duas linhas a história de dois homens se entrelaçam e se estabelece em caminhos opostos - dentro da lei e fora da lei -, como na velhas histórias de faroeste, mas não tão simples assim. Em ambas as épocas há muita coisa a se apreciar numa produção que recria o ambiente de uma maneira  rica e detalhada. Uma história policial com um clima noir perfeito, muito convincente e elegante. Nela, todos os detalhes da época foram muito bem cuidado. A musica dos nigth clubs, os figurinos e a moda da época, o jazz e as vozes de ouro da época, tudo magistralmente recriado.

A série promete a violência da época algumas vezes, como no começo, pintada em preto e branco, mas não menos violenta e sangrenta e conduzida por homens com atitudes bem diferentes da dos criminosos de hoje. O contraponto são os policiais, com uma absoluta consciência de que eles eram a última linha de defesa dos valores da época. Alguma vezes esse valores se misturavam e exigiam de ambos os lados, mais que convicções pessoais para definir de que lado ficariam.

No primeiro episódio uma cena que homenageia o cinema de forma magistral. Três dos principais fora da lei da série fazem uma clássica cena com todos os formidáveis elementos do gênero, uma referência a famosa cena com os elementos dramáticos do filme Os Intocáveis, a escadaria, o carrinho de bebé e a famosa submetralhadora Thompsom M1A1 com carregador circular, a arma preferida dos gangsteres. E os três nos são apresentados em meios a muita bala voando sobre os carros com um carregamento de bebidas que eles querem tomar da gangue rival. O ano é 1927 e essa cena além de ser um gancho perfeito para sentirmos o que virá pela série, apresenta a personalidade de três futuros mafiosos que serão grande nos anos 1940, e la esta o principal deles, Bugsy Siegel (Edward Burns) o homem que vinte anos depois criará Las Vegas. Os outros serão fundamental para isso, como parceiros leais e loucos cada um a seu modo.

No primeiro episódio ainda uma participação mais que especial de Simon Pegg que mostra aqui sua veia dramática sem abandonar seu humor, fazendo um fracassado e decadente comediante que se envolve num perigoso caso de chantagem ao chefão Bugsy já nos anos 1940. E entra em cena o sargento Joe Teague (Jon Berthal) um policial de homicídios que parece ser um dos últimos não contaminado pela corrupção das ruas. Veremos no entanto, que uma mulher (sempre elas!) é seu motivador pra fazer o que faz. Seu caminho logo cruzará, ao se envolver casualmente no caso de chantagem, com o Chefe Willam Parker (Neal McDonugh). A segunda história do piloto nos apresenta o chefe William, o cara que combate a mafia e acredita com todas as sua força e inteligência que pode derrotar o crime de sua cidade. A cidade, Los Angeles é a estrela maior da série, com sua colinas e suas ruas cheia de boêmios e amantes dos jazz e da noite:

- Esta cidade. Tão linda. Mas só a partir de uma distância, De perto, é tudo sarjeta

Assim o sargento Joe Teague, o ex marinheiro define sua cidade.

Eu estou clamando, depois do encerramento de Magic City outra série do mesmo gênero, que está tenha um tempo de maior longevidade na televisão. Ela é ainda mais maravilhosa.



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