domingo, dezembro 29, 2013

Especial de Aniversário - Os 10 piores filmes de ficção e fantasia de 2013, Por Assis Oliveira

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Na boa e velha tradição de informar nossa opinião sobre o que foi pior e melhor do ano, pensei em brindar nossos leitores com um especial de aniversário listando os 10 piores e os 10 melhores filmes de ficção e fantasia, o gênero cinematográfico, onde coloco o terror também, que eu mais aprecio. A ideia era uma unica postagem. A escolha dos melhores não se mostrou uma dificuldade, foi fácil - tanto que a postagem já está pronta fazem 10 dias, problema mesmo foi a escolha dos piores. Eu já disse por aqui que tenho dificuldade de falar mal de um filme, especialmente quando se percebe na produção do mesmo uma tentativa para que ele seja algo bom, mas que por alguma razão misteriosa não da certo. Na lista que se segue há três que foi difícil de coloca-los aqui, e foram exatamente eles que quase me fazem desistir da lista dos piores. Desisti mesmo de fazê-las juntas, e acabei por separá-las. Mas os outros 7 mereciam estar na segunda lista e resolvi escrever a postagem em separado e menciono os outros 3 em separado e vocês verão porque.


1. Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones) - Não soube de noticia se este filme esteve pelos cinemas brasileiros. Há algo mais a dizer sobre ele além de que ele possui uma estranheza exagerada (algo que poderíamos dizer também sobre Hansel e Gertel: Caçadores de Bruxas). Sobre ambos nem poderíamos dizer o clássico "tão ruim que é bom". E ver Mortal Instrumentos é definitivamente um prazer culpado e insano, mesmo tentando lhe lembrar, ou talvez por isso que é baseado em uma série de romances da escritora americana Cassandra Clare considerado Bestseller em terras ianques, com pretensões de ser um épico (os outros dois são: Cidade de Vidro e Cidade das Cinza). Uma fantasia feita para jovens-adultos que acaba sendo um pouco auto-indulgente.

2. Oz, Mágico e Poderoso (Oz The Great and Powerful) - Os filmes deste ano estavam cheio de coisas para agradar os olhos, mas nenhum tão inutilmente bonito como o grande orçamento para o prequel de Sam Raimi do Clássico Mágico de Oz de 1939. Mas o diretor da trilogia Army Darkness se esqueceu de arrumar a escuridão, ou o desenvolvimento do caráter de seus personagens e de aparar as arestas. Em vez de uma exploração real do mundo enervante pensado por L Frank Braum - (Escritor americano, membro da Sociedade Teosófica, sua obras estão frenquentemente cheias de elementos e símbolos desta doutrina), temos uma história fofa de um ilusionista detestável (James Franco) se tornando homem e salvando a todos. As bruxas neste filme são praticamente inúteis, e a diferença entre ser uma bruxa má ou uma bruxa boa parece mais uma questão de escolhas fashion. Raimi esforça-se para entender, e não entende, que fantasia é uma coisa seria e aqui ele está comemorando o estilo sobre a substância deixando todos nós mais pobres.

3. Sobrenatural: parte 2 (Insidious: Chapter 2) - Como é que James Wan consegue criar sustos tão arrepiantes em Invocação do Mal (The Conjuring) e em seguida virar-se para uma coisa tão sem brilho, em tão pouco tempo? (ele será o único diretor com um filme em cada uma das minhas listas). Esta é uma sequencia que desmerece totalmente seu anterior, nos fazendo correr por uma interminável coleção de clichês de filmes de terror. Mas que também fica obcecado em ter personagens que estão explicando o que está acontecendo, mais e mais, ao mesmo tempo que continua a mudar as regras de como a ameaça sobrenatural funciona. Este filme também poderia compor uma lista de como não fazer um filme de terror.


4. Depois da Terra (Afther Earth) - Após o esforço de direção anterior em O Último Mestre do Ar/ The Last Airbender (2010) M. Night Shyamalan se sente como um passo acima nesta ópera espacial desajeitada. Mas é ainda, muito ruim. É epicamente ruim. É particularmente ruim, quanto mais revisitarmos  a complicada e artificial trama sem sentido e a maneira petulante de Jaden Smith como filho de um herói exageradamente duro, Kitai Raige (Will Smith). O filho enfrenta uma sucessão de animais mutantes, enquanto se prepara para lutar contra um monstro cego que fareja o medo e acaba se sentindo inútil, apesar dos melhores esforços de Will Smith para ancorar toda bagunça em um  porto seguro.


5. A Hospedeira (The Host) - Depois do fim da irritante saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer outro "bestseller" veio ao cinema pelas mãos do diretor Andrew Niccol de Gattaca, fazendo o seu melhor, mas inutilmente, para tornar a história de aliens parasitas controladores de mentes trabalharem bem na tela. Saoirse Ronan luta bravamente para manter sua performance como uma jovem mulher com um estranho passageiro dentro da sua mente e ela é a melhor coisa em um filme terrível. E o duplo, romance brega e utopia social, se arrastam interminavelmente num melodrama dolorido que acaba dentro de um poço de onde espero, ele nunca mais retorne. São duas horas do que existe de pior nos romances da Sra Meyer.


6. R.I.P.D. - Agentes da Shie... ops! Agentes do Além (R.I.P.D) - Este filme tinha um trabalho a fazer. Ser uma comédia sobrenatural sobre dois caras mortos lutando com outros caras mortos do mau, na pegada de  M.I.B Homens de Preto e Ghostbusters. E, no entanto este filme que poderia funcionar bem, transformou essa tarefa aparentemente simples, fazendo o humor e graça continuamente cair por terra. A historia é sobre como uma narrativa não-envolvente pode ser igualmente incoerente. O excelente Jeff Bridge está muito bem como o oficial veterano da agencia RIPD, Roy Pulsifer, mas o filme não faz nada para apoia-lo conferindo a ele um sotaque estranho com linhas de falas repetitiva que o fazem parecer grande, mas inteiramente sem seu charme peculiar como ator. Boa parte da culpa pela embromação tem que ir para o insalubre Ryan Reynolds. Idealmente deveríamos estar torcendo para seu personagem, mas suas tentativas sem charme de atuar conseguem o efeito oposto. Acima de tudo, é difícil de se preocupar por que os mortos estão escapando para onde foram mandados, ou se são vulneráveis a comida indiana, ou porque eles querem esta entre os vivos novamente. Isso tudo não tem o menor sentido, mesmo que tivesse um.

7. Jack O Matador de Gigantes (Jack Giant Slayer) - Mesmo para os padrões de filmes de contos de fadas revisto pelo cinema, está é uma decepção miserável. Nicholas Hoult faz Jack, um rapaz pobre que recebe alguns feijões mágicos que fazem crescer um pé de feijão enorme que faz uma ponte para a terra dos gigantes rejeitados de Peter Jackson, onde ele tem que resgatar uma princesa. Este filme tem muita coisa que se encaixa na porcaria que ele é, incluido Stanley Tucci como um vilão afetado, conspirações palacianas e Ewan McGregor como um capitão de guarda sarcástico e irritante. Mas a partir de efeitos de CG de baixa qualidade e duvidosa para gags preguiçosas, este filme só se sente inacabado, ou acabado antes da hora e sem necessidade de mais baixa qualidade, o roteiro já tem de sobra. Este filme utiliza o "eles estão bem atrás de min, não é" como mordaça, não uma, mas muitas vezes. Toda vez que você pensa que ele pode ir em uma direção ele corre freneticamente para a possibilidade de ser algo mais chato. Há um injustificado, numero de filmes sobre contos de fadas se arrastando sem sentido por aí, então dê um passo a menos para este.

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E agora, os três que que me causaram uma dor imensa em coloca-los nesta posição. Quando eles foram anunciados me deram muito prazer. Por isso, devo dizer que os odeio e os adoro igualmente, mesmo que isso soe um paradoxo. De todo modo valorizo a intensão de seus produtores e espero que no futuro alguém faça algo para redimi-los nos pontos em que falharam


8. O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger) - O que temos é um herói das HQs da minha infância. Por aqui ele ficou conhecido como o Zorro, então tínhamos o mascarado de branco e o mascarado de preto. O problema dessa versão para as telas é a Disney que o transformou num pastelão gigante querendo fazer algo como o mega sucesso Piratas do Caribe, que ficou apenas divertido e familiar e nada mais. Ainda quiseram ensaiar algo para questionar o genocídio dos nativos americanos, mas o que fizeram foi um conjunto sem graça e uma atrocidade histórica na vida real. da empolgação inicial no anuncio até vê-lo no cinema me fez sentir uma raiva existencial profunda por que sei que estragaram um conjunto de personagens que poderiam render algo com mais profundidade. Apenas por ser uma peça importante da minha infância fiquei feliz em vê-lo na tela ainda que não seja uma das melhores coisas que vi este ano.

9. Star Trek: Into Darkness (Além da Escuridão) - O mundo está afogando em sequencias e reboots que tentam substituir a nostalgia para contar uma história. A primeira metade de Além da Escuridão, é um reflexo competente, mas não fantástico sobre a Guerra do Iraque, em que a frota Estelar está em perigo de ser arrastada para uma guerra com os Klingons após um ataque terrorista não relacionado. Mas a segunda se transformou em mistura de absurdos e covers de Star Trek II: A Ira de Khan. JJ Abrams com seu primeiro Star Trek merecia estar na minha lista de melhores em 2009, se eu tivesse feito uma, por que ele consegue dar um certo frescor a saga. Mas neste ele faz o oposto tornando Star Trek apenas uma coisa velha. Em The Lone Ranger o problema foi a Disney, aqui foi o diretor. Aposto que o Felipe seria capaz de enumerar pelo menos uma dezena de outros diretores que teriam honrado melhor esse ícone da cultura pop.

10 . Guerra Mundial Z (World War Z). Dos três últimos da lista este foi a escolha mais dolorida. Eu esperava tanto dele, mas quando fiquei sabendo do problemas e atrasos que a produção sofreu devia ter imaginado que ele viria com problemas. Você pode até pensar que ele tem algo a ver com o Romance de Max Brooks que também escreveu um guia de como sobreviver a um apocalipse zumbi, ou seja o cara entende sobre a praga dos nossos comedores de cérebros. Mesmo se você parar de fingir que este filme tem algo a ver com a narrativa escrita de Max Brooks você estará preso em uma grande confusão, cheia de personagens que você conhece e desaparecem em cinco minutos de bola parada de ação que poderia ser melhor. Não há nenhuma urgência aqui, sem terror de verdade e não a razão para se preocupar talvez, com a cifra que Bradd Pitt deve ter custado ao filme. Ele ficou maçante do mesmo modo.

E aqui chegamos ao fim dessa dolorosa lista, com boa ideias que poderiam ter sido melhores aproveitadas como os três últimos, e os anteriores realmente, para os quais não há salvação
nos encontramos daqui a dois dias com a minha escola dos melhores. Até lá


2 comentários:

  1. Star Trek:
    "Aposto que o Felipe seria capaz de enumerar pelo menos uma dezena de outros diretores que teriam honrado melhor esse ícone da cultura pop".
    Não, não... Adorei o filme :D

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  2. Depois da Terra: fiasco total! M. Night Shyamalan em crise...

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