sexta-feira, outubro 18, 2013

Beyond: Two Souls - Jogo do Mês - Mais uma experiência cinematográfica exclusiva para PS3


Dia 291

Em setembro de 2005 surgia na industria de games eletrônicos a desenvolvedora QUANTICDREAM com uma proposta de jogo que carregava em seu interior um novo gênero de jogabilidade: Seria a impulsão do adventure (sem ação) moderno que com certa polemica, agradou a muitos e fez outros torcerem o nariz para a novidade: Fahrenheit, também chamado de Indigo Prophecy na America do Norte e no Brasil, era um Thriller paranormal que só encontrava paralelo na cinematografia Hollywoodiana.


A inédita mecânica do jogo de 2005, aproveitando o poder gráfico do novo PS3, foi mais longe emulando o cinema, e entregando de forma exclusiva para o console o aclamado e igualmente polemico, Heavy Rain. No final dessa geração de console, o estilo hollywoodiano se consolida com a entrega de Beyond: Two Souls.

BTS não é qualquer outro título como Fahrenheit e  Heavy Rain, ele tem o mesmo DNA, não há sombra de dúvida, mas ele não traz as mesmas sensações destiladas nos trabalhos anteriores da desenvolvedora. Ele pode não ter muito a ver com a experiência mecânica "Quick Time Events",- algo que limitava propositadamente o tempo das escolhas para gerar tensão e suspense - e que foi simplificado, afetando a relação jogo/jogador. Heavy Rain produzia uma sensação de empatia com os personagens. Se estava ciente que qualquer coisa que você levasse os personagens a fazer, sim você controlava mais de um personagens em contextos diferente, levaria a resultados diferentes para narrativa.

A experiência cinematográfica do game, exatamente o que o faz diferente, tem sido elemento de polêmicas.  Muito gamers tem se questionado sobre o fato de em boa parte do tempo de jogo, ele (o jogador) se tornar um mero espectador. A percepção de envolvimento com a trama é diminuída, mas não prejudicada como pode parecer à priori. Sobre isso alguns do mais importantes sites de analise de games como o IGN, elogiaram o jogo, mas atribuíram notas muito baixas, que não estavam de acordo com os elogios. Isso acabou por levar o CEO da Quanticdream, David Cage, em resposta a todas as criticas, a dizer: "Ninguém deveria ser autorizado a definir o que é um jogo".  Ainda completou dizendo na mesma entrevista que "um jogo pode ser tantas coisas diferentes" Eu estou há muitos anos, quase trinta, jogando games e posso concordar com ele sobre isso. Há uma geração muito conservadora nesse setor assim como em muitos outros lugares e coisas na vida.

BTS é um trihller/psicologico/espiritual transcendente. Ele transcende tanto os videogames quanto filmes, para se tornar algo ainda maior e mais envolvente. Ele nos leva a viver uma história sobrenatural  sobre aquilo que acontece depois da morte por meio da personagem Jodie Holmes (Ellen Page) e a entidade que a acompanha desde o nascimento, Aiden. A ideia é que quem o jogue, ao seu final, possa saber o "que está além". É uma história rica, profunda, envolvente, emocionante e não se importe com a falta de "controle", apenas tenha em mente que isso será sempre uma ilusão, todos os jogos tem suas limitações ao que se pode ou não fazer, mesmo aqueles que lhe são vendidos como um mundo aberto. Num mundo que não lida bem com o desconhecido exatamente por desconhece-lo, Jodie ainda criança e abandonada pela família, a sua tutela é assumida pelo governo (CIA), na pessoa do cientista Nathan Dawkins (Williem Dafoe) encarregado de estudar e compreender o poder que Jodie possui. Para além disso, Nathan de afeiçoa a Jodie e passa a ser a figura de referência paterna e familiar. As complicações ficam por conta dos interesses obscuros que a agência possui em controlar o poderes de Jodie, e ai entra o agente Ryan Clayton (Eric Winter) que só pensa em abusar desse poder em beneficio da sua carreira e da agência. O game ainda tem a musica carimbada de um veterano do cinema, Hans Zimmer.

Nathan Dawkins (Williem Dafoe)
Para nós brasileiros um contratempo desagradável. Depois de amplamente divulgado as legendas e dublagem em português do Brasil, tendo inclusive um demo liberado pela rede PSN completamente em nosso idioma, quando disco chegou as lojas vieram apenas os idiomas Inglês e Francês. A explicação da Sony Brasil, dava conta de um erro ocorrido na prensagem do disco master que se deu a partir da cópia europeia. Até a presente data ainda não tínhamos uma solução. 

Eu tive que jogar a cópia em inglês, o que me fez lembrar de um tempo recente em que não tínhamos o luxo de cópias de jogo em nosso idioma. Ainda assim a diversão foi garantida apesar do meu inglês precário. Agora vou aguardar a cópia dublada para compreender melhor o enredo e ampliar minha experiência sobre o jogo.

PS. Esperando que o preço do PS4 não se confirme em absurdos R$ 3.999,00, ou então meu PS3 sera meu companheiro de jogatina ainda por muito tempo





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