sexta-feira, agosto 09, 2013

Como Enlouquecer Seu Chefe

Dia 221


Office Space – 1999
Dir: Mike Judge
Elenco: Ron Livingston, Jennifer Aniston, David Herman


O cenário é um escritório comum: cubículos, computadores, telefones tocando, barulho, gente berrando, gente falsa fazendo fofoca enquanto você quer que o dia acabe para voltar pra casa.
O ecossistema empresarial sempre me pareceu fascinante, até que eu mesmo me vi fazendo parte de um.
Me parece correto dizer que o Escritório em si é uma espécie de cadeia alimentar hierárquica, algo marinho, cheio de peixes de vários tamanhos e um tubarão (ou uma baleia) no topo, comendo todo mundo.
Em Como Enlouquecer Seu Chefe o diretor Mike Judge (Idiocracia) retrata de forma cômica o dia a dia de um grupo de funcionários de empresa que leva sua vida de forma totalmente automática e tediosa, fazendo apenas o necessário para manter os próprios empregos sem ser incomodados.
São eles Michael Bolton, Samir Nagheenanajar e o protagonista Peter Gibbons, os caras do TI, responsáveis por fazer a manutenção dos computadores da empresa.
Esse marasmo muda quando o chefão Bill Lumbergh contrata um par de analistas para fazer uma faxina na empresa e decidir quem deve ficar e quem deve sair para que o lugar possa prosperar. Exatamente ao mesmo tempo em que a namorada de Peter obriga o cara a ir em um hipnotizador que supostamente o ajudaria a lidar com seus problemas no trabalho. O problema é que, no meio da sessão de hipnose, o sujeito que a ministrava tem um ataque cardíaco e morre, fazendo com que Peter fique hipnotizado permanentemente e transformando-o em um novo homem, um cara zen e seguro de si.
Reparando nesse novo Peter, os dois analistas decidem não só que ele deve continuar na empresa, como também ser promovido a chefe de setor.
Porém, esses mesmos caras decidem demitir os dois colegas de trabalho de Peter (além de mais uma cacetada de gente) e, nesse momento, o cara decide que chegou a hora de fazer algo a respeito: junta seus dois colegas, Michael e Samir, e faz a eles uma proposta irrecusável: abrir um rombo na empresa que os garantiria, em poucos anos, uma abastada aposentadoria precoce.

Office Space é um filme loucaço, tem um humor sarcástico pesado pra caramba, o tipo de sarcasmo que dá pra cortar com uma motosserra. Apesar disso, de tirar sarro de uma situação tão deprimente quanto a vida de escritório, o filme consegue ainda assim passar uma mensagem, dar uma ideia de quanto é desgraçada a vida de funcionários de empresas do tipo.


É como um The Office dos anos 90, durante a piração do bug do milênio, os computadores lentos e barulhentos, os disquetes, o início da interface gráfica e a coisa toda.
A ideia é pegar essa situação na qual o trio de protagonistas foi gradativamente se enfiando e sugerir uma solução criminosa que fosse se tornando cada vez mais complicada e psicótica, fazendo-os ir, dentro do que permite a comédia, cada vez mais fundo no poço.
E isso é genial por que, em certo momento, o esquema pra conseguir dinheiro dos caras sai de controle e acaba “arrecadando” mais verba do que deveria em um período muito curto de tempo, fazendo-os tomar decisões cada vez mais contestáveis para sair dessa situação maluca.
É isso. O texto acabou aqui. Sem clímax mesmo, mas vá lá ver o filme, é realmente bom. Eu tô meio acabado, fim de semana é sempre uma desgraça, tô conseguindo nem pensar direito. O que só prova a autenticidade desse filme, eu realmente me vi em algumas situações tipo... eu... eu... eu poderia tocar fogo no prédio e...
Enfim...

Vê lá, vai.
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