Dia 169. Michel 154.
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Isto posto, vamos começar.
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Os metais estão menos presentes - e senti falta disso. O violão está mais forte aqui, criando um sentimento de pertença, de identificação, de "feito para mim". O disco é permeado por um romantismo visceral, feito de sofrimento, de amor de perdição - embora tenha seus momentos de Rock 'N' Roll mais animados, e uma levada mais pop. Ainda assim, "4" é hermético, feito para fãs, dificilmente aceito pelos carinhas bacaninhas que tentam se desfazer da qualidade inegável do trabalho dos barbudos.
Há também o arquétipo da Morena (não aquela coisa sem sal da extinta novela da Grobo, mas o arquétipo da mulher morena fatal, feita para enlouquecer os homens com seus cabelos e olhos negros e corpo feito de perdição), presente em quase todo o trabalho dos Hermanos - aqui homenageada com uma linda canção.
Aliás, o álbum inteiro está cheio de lindas canções. Músicas que falam de amor, de mar, de vento, de chuva, de promessas, de tristezas e de escolhas. De caminhadas ao fim da tarde, de cheiro de maresia, de lágrimas, de situações inesperadas...
De vida do dia-a-dia.
Um disco delicioso, bom para curtir uma fossazinha light, tomando uma cerveja gelada enquanto chove lá fora, ou passeando à beira-mar com os pés na água - calças enroladas até o meio da canela, sapatos na mão, areia entre os dedos - enquanto o sol se põe.
A todos uma boa noite.
22:22!! ^^D
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