terça-feira, abril 02, 2013

Oz: Mágico e Poderoso

Dia 92 - Felipe Pereira  89
Oz the Great and Powerful - 2013
Dir: Sam Raimi
Elenco: James Franco, Michelle Williams, Rachel Weisz, Zack Braff, Joey King.

Oz, Mágico e Poderoso é um prequel para a história de O Mágico de Oz, nos moldes de Alice No País das Maravilhas do Tim Burton. A diferença é que, mesmo apelando claramente para o visual, o filme tem um mínimo de qualidade.
A história acompanha Oz, James Franco, um daqueles mágicos de circo itinerante que ganha a vida aplicando truques e seduzindo donzelas ingênuas. O sujeito é um verdadeiro canalha. Um dia, durante uma de suas apresentações, o público descobre que Oz é um farsante e tenta esfolar o cara vivo. Mas, o que ninguém esperava é que um furacão sinistríssimo se aproximava do local da apresentação. Oz não pensa duas vezes: entra num balão e é acidentalmente tragado para o olho do furacão, sendo transportado para Oz, um lugar mágico escondido em outra dimensão, habitado por macacos voadores, camponeses exóticos e pessoas feitas de louça, entre outras coisas.
Logo que cai em Oz o mágico é recepcionado por Theodora, uma bruxa interpretada por Mila Kunis, que aparentemente fica mais linda a cada filme. Theodora apresenta Oz a Oz (e vice versa) e conta a ele a profecia de que um poderoso mago um dia viria para Oz (oz, oz, oz) e salvaria seu povo da Bruxa Má do Norte (ou do leste... Ou de um ponto cardeal aí). E o mago teria o mesmo nome do reino de Oz: Oz. Pouco depois a bruxa apresenta o mago à sua irmã, também bruxa, Evanora (Rachel Weisz), que enxerga o suposto salvador com certo receio, mas o explica que para reinar em Oz, Oz teria de matar a Bruxa Má do Nordeste destruindo sua varinha mágica.
Oz é um filme divertidíssimo, que não tem pretensão nenhuma em ser espetacular e quer exatamente isso: ser um divertimento despretensioso. O roteiro simples (e até bem superficial) trabalha para isso, apresentando personagens inusitados, situações criativas e reviravoltas (algumas delas simplesmente não causam o impacto esperado), mas o ponto alto da brincadeira é mesmo o visual e o 3D. Sam Raimi, que assina o longa, investiu pesado no visual do filme, conferindo a ele alguns momentos de verdadeira genialidade (como o início em preto e branco, que muda com a chegada de Oz a Oz (até o formato de tela muda nessa hora). O uso do 3D é agressivo, o tempo todo coisas voam em direção à tela. Lanças, farpas de madeira, água, árvores e todas as vezes ficar de olhos abertos é praticamente impossível.
O elenco não está em sua melhor apresentação, James Franco se sustenta por seu carisma, mas não se esforça demais para agradar. O mesmo para Rachel Weisz, que só faz o básico (o que já é muita coisa). O destaque vai mesmo para Mila Kunis, ensandecida, Zack Braff (que aparece no início como o ajudante de Oz no circo e volta depois como um macaco voador que se torna seu fiel escudeiro após sua vida ser salva pelo mágico) e Joey King como a boneca de louça que Oz ajuda. Os alívios cômicos ficam por conta dos dois últimos e em certos pontos ambos soam forçados, em outros são hilários, em outros emocionam, é meio instável.
O filme todo é permeado por uma aura meio trash (e como não seria, sendo dirigido pelo mestre do trash?), o que dá um charme à produção. O ponto alto é a criativa batalha final, um grande truque de ilusionismo que ganha um ar de show de rock maluco.
Oz é um filme com altos e baixos muito próximos, se você encarar como algo que deva honrar ao máximo o produto original talvez vá se desapontar, mas se você não souber de nada da história de Dorothy (tudo o que eu sei sobre a história eu vi na HQ do Allan Moore) vai aproveitar muito mais. Se quer uma dica? Vá disposto a se divertir, sem mimimi e se possível, vá com a galera (e veja em 3D).
Outra dica? Não conte quantas vezes eu escrevi “Oz” nesse texto. Sério, você não precisa disso pra sua vida.
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