DIA 06 - Felipe P. 06
The Hobbit: An Unexpected Journey - 2012
DIR: Peter Jackson
ELENCO: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ian Holm, Elijah Wood, Hugo Weaving, Andy Serkis
Tenho que admitir
que ouvi tanta gente falando mal de O Hobbit que acabei chegando no cinema com
a expectativa baixa e uma certa má vontade. Tanto que quando vi as condições
sofríveis da sala na qual eu e meu irmão, o co-criador deste blog, a primeira
atitude que quase tomei foi levantar, sair e pedir a grana de volta.
Eu gostaria de
deixar aqui meu conselho: se você mora em Fortaleza ou se você é maluco de
viajar para lá só pra ir ao cinema, ou se você tem um cinema perto de casa, mas
ele é tão decrepito que vale mais a pena viajar 32 KM só pra ver um filme, não
vá no cinema do Shopping Benfica. Vá ao Viasul, pague quarenta paus pra ver um
filme, vá ao UCI, pague um pouquinho mais caro, mas evite o Benfica. Além dos
pirangueiros, as salas dos cinemas de lá estão em péssimas condições.
Mas voltando ao
filme...
O Hobbit – Uma
Jornada Inesperada, a primeira parte da nova trilogia que marca o retorno de
Peter Jackson à Terra Média, se passa 60 anos antes de O Senhor dos Anéis e
mostra o jovem hobbit Bilbo Bolseiro, interpretado pelo genial Martin Freeman,
o Dr John Watson de Sherlock, e um grupo de 13 anões reunidos por Gandalf (Ian
Mckellen) em uma jornada em busca de reaver o lar e os tesouros dos anões,
roubados por Smaug, o dragão.
Uma Jornada
adapta o primeiro terço do livro O Hobbit, escrito por JRR Tolkien (acho que
não é necessário dizer que é o mesmo cara que escreveu O Senhor dos Anéis e que
o filme é um prelúdio para o mesmo) e conta como Gandalf, ainda O Cinzento, e
Bilbo Bolseiro, tio do futuro herói Frodo, se conheceram “por acaso” e como se
deu o início da jornada que faria de Bilbo um dos responsáveis por recuperar o
tesouro dos anões.
Quem conhece o
livro de Tolkien sabe que ali, naquele único volume da história, naquelas
trezentas e poucas páginas que mostram a saga de Bilbo e os anões, não há uma
trilogia. Ou ao menos era isso o que eu pensava. A verdade é que para conseguir
transformar um terço do livro, cerca de 110 páginas em um filme de quase três
horas, como Jackson tem o hábito de fazer, precisaria esticar muito cenas
pequenas, desenvolver muito bem os personagens, contar uma história muito bem
contada sem tornar a coisa arrastada e cansativa.
E nesse sentido
precisamos dar os parabéns ao nosso camarada PJ: se você está disposto a curtir
uma aventura incrível tendo em mente que vai para o cinema ficar 3 horas da sua
vida sentado numa cadeira na frente de um telão, se você não é uma criança
hiperativa e se você não está de TPM, o Hobbit vai ser sem sombra de dúvida,
uma experiência gratificante. É preciso ter disposição e boa vontade para
aproveitar a experiência. É preciso ter em mente o esforço e a dedicação
daquela gente em colocar aquilo na tela.
Como eu disse
anteriormente, eu vi tanta gente criticando coisas triviais em O Hobbit, tantas
críticas negativas por motivos ridículos que quase me fizeram não ir ao cinema
ver o filme. E eu simplesmente não consigo falar mal daquelas três horas de
coisas acontecendo diante dos meus olhos... Na minha cabeça, no fundo do meu
coração nerd/geek/fanboy aquilo foi simplesmente perfeito. Um livro tão
simples, mas ao mesmo tempo tão difícil de ser adaptado por conter passagens
que, nas mãos erradas, ficariam simplesmente patéticas, mas foi tudo feito com
tanto cuidado, tanta boa vontade, tanto bom gosto que eu simplesmente não vejo
como alguém pode não gostar de O Hobbit.
Eu sei que o
filme tem problemas, eu sei que é preciso elevar sua suspensão de descrença ao
máximo e que ele realmente deve ser cansativo e arrastado para pelo menos 65%
da população da terra que está acostumada a filmes de no máximo oitenta minutos
mas, para mim... Aquilo foi lindo. Eu não mudaria absolutamente nada. Nada!
O Hobbit é, sem
pensar duas vezes, um filme espetacular.
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