domingo, janeiro 06, 2013

O Hobbit – Uma jornada Inesperada

DIA 06 - Felipe P. 06
The Hobbit: An Unexpected Journey - 2012
DIR: Peter Jackson
ELENCO: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Ian Holm, Elijah Wood, Hugo Weaving, Andy Serkis

Tenho que admitir que ouvi tanta gente falando mal de O Hobbit que acabei chegando no cinema com a expectativa baixa e uma certa má vontade. Tanto que quando vi as condições sofríveis da sala na qual eu e meu irmão, o co-criador deste blog, a primeira atitude que quase tomei foi levantar, sair e pedir a grana de volta.
Eu gostaria de deixar aqui meu conselho: se você mora em Fortaleza ou se você é maluco de viajar para lá só pra ir ao cinema, ou se você tem um cinema perto de casa, mas ele é tão decrepito que vale mais a pena viajar 32 KM só pra ver um filme, não vá no cinema do Shopping Benfica. Vá ao Viasul, pague quarenta paus pra ver um filme, vá ao UCI, pague um pouquinho mais caro, mas evite o Benfica. Além dos pirangueiros, as salas dos cinemas de lá estão em péssimas condições.
Mas voltando ao filme...
O Hobbit – Uma Jornada Inesperada, a primeira parte da nova trilogia que marca o retorno de Peter Jackson à Terra Média, se passa 60 anos antes de O Senhor dos Anéis e mostra o jovem hobbit Bilbo Bolseiro, interpretado pelo genial Martin Freeman, o Dr John Watson de Sherlock, e um grupo de 13 anões reunidos por Gandalf (Ian Mckellen) em uma jornada em busca de reaver o lar e os tesouros dos anões, roubados por Smaug, o dragão.
Uma Jornada adapta o primeiro terço do livro O Hobbit, escrito por JRR Tolkien (acho que não é necessário dizer que é o mesmo cara que escreveu O Senhor dos Anéis e que o filme é um prelúdio para o mesmo) e conta como Gandalf, ainda O Cinzento, e Bilbo Bolseiro, tio do futuro herói Frodo, se conheceram “por acaso” e como se deu o início da jornada que faria de Bilbo um dos responsáveis por recuperar o tesouro dos anões.
Quem conhece o livro de Tolkien sabe que ali, naquele único volume da história, naquelas trezentas e poucas páginas que mostram a saga de Bilbo e os anões, não há uma trilogia. Ou ao menos era isso o que eu pensava. A verdade é que para conseguir transformar um terço do livro, cerca de 110 páginas em um filme de quase três horas, como Jackson tem o hábito de fazer, precisaria esticar muito cenas pequenas, desenvolver muito bem os personagens, contar uma história muito bem contada sem tornar a coisa arrastada e cansativa.
E nesse sentido precisamos dar os parabéns ao nosso camarada PJ: se você está disposto a curtir uma aventura incrível tendo em mente que vai para o cinema ficar 3 horas da sua vida sentado numa cadeira na frente de um telão, se você não é uma criança hiperativa e se você não está de TPM, o Hobbit vai ser sem sombra de dúvida, uma experiência gratificante. É preciso ter disposição e boa vontade para aproveitar a experiência. É preciso ter em mente o esforço e a dedicação daquela gente em colocar aquilo na tela.
Como eu disse anteriormente, eu vi tanta gente criticando coisas triviais em O Hobbit, tantas críticas negativas por motivos ridículos que quase me fizeram não ir ao cinema ver o filme. E eu simplesmente não consigo falar mal daquelas três horas de coisas acontecendo diante dos meus olhos... Na minha cabeça, no fundo do meu coração nerd/geek/fanboy aquilo foi simplesmente perfeito. Um livro tão simples, mas ao mesmo tempo tão difícil de ser adaptado por conter passagens que, nas mãos erradas, ficariam simplesmente patéticas, mas foi tudo feito com tanto cuidado, tanta boa vontade, tanto bom gosto que eu simplesmente não vejo como alguém pode não gostar de O Hobbit.
Eu sei que o filme tem problemas, eu sei que é preciso elevar sua suspensão de descrença ao máximo e que ele realmente deve ser cansativo e arrastado para pelo menos 65% da população da terra que está acostumada a filmes de no máximo oitenta minutos mas, para mim... Aquilo foi lindo. Eu não mudaria absolutamente nada. Nada!
O Hobbit é, sem pensar duas vezes, um filme espetacular.
E ficamos por aqui, desculpem pelo sentimentalismo barato e pela falta de foco. Até mais e obrigado pelos peixes:)
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