Royal Blood é um duo britânico formado em Brighton em 2013 e composto pelo baixista e vocalista Mike Kerr e o baterista Ben Thatcher.
O negócio é o seguinte: o Blood faz um rock pesado, progressivo, violento, coisa de qualidade. O grande diferencial, coisa que nem é assim tão inédita, é que os caras não usam guitarra, apenas o baixo distorcido e a voz de Mike Kerr e a Bateria alucinada de Ben Thatcher, o que é surpreendente, visto o que os dois, sozinhos, são capazes de fazer.
O Royal Blood soa como se o Jack White assumisse o os vocais do Rage Against The Machine, com ecos de Muse e The Black Keys, entre outras coisas. É um negócio pretensioso, mas sem se tornar desnecessariamente reverente ou arrogante.
O álbum de estreia dos caras, lançado em agosto dessa ano, que leva o mesmo nome do duo, possui 10 faixas, uma mais inspirada que a outra, e, em nenhum momento se torna repetitivo, em nenhum ponto se torna cansativo, muito pelo contrário: a vontade que se tem é de ouvir tudo de novo e de novo e de novo...
É raro ver uma banda que, em seu primeiro trabalho, consiga lançar um disco no qual todas as faixas oscilam entre o excelente e o ótimo. Ainda mais quando essa banda tem pouco mais (ou, possivelmente, até menos) que um ano de carreira. Na verdade, chega a ser um pouco assustador. E é incrível como dois dos instrumentos mais menosprezados da história da música se mostram versáteis e eficientes nas mãos desses dois.
A sonoridade do Blood, apesar de um bocado agressiva, é bem agradável aos ouvidos. Não é algo simplesmente barulhento, na verdade é tudo muito orgânico. E parte disso se deve à voz de Mike Kerr, que consegue ser suave e agressiva ao mesmo tempo.
Enfim: disco altamente recomendado! Possível candidato a um dos melhores do ano!
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