Os fãs de filmes de detetives, irão se alegrar. O diretor e roteirista Scott Frank e o ator Liam Neeson, adaptando o trabalho do romancista criminal Lawrence Block, trouxeram para a tela grande em alto estilo, um filme de brilho próprio.
Uma Caminhada Entre as Lápides faz justiça a uma das criações narrativas de estilo/gênero mais exploradas da ficção/drama, o ex-policial e alcoólatra em recuperação, que ao perder a licença se lança no mundo da investigação particular. "Eu faço favores as pessoas, e elas me dão presentes", é a forma como ele coloca as coisas. Matthew Scudder, encena sozinho, um revival de um tipo de filme para o qual muitos de nós, cinéfilos, estamos em jejum há algum tempo. Este é um drama policial que não é tudo bang-bang e pique-pique. Não que ele também não ofereça esse tipos de prazer. Droga, o próprio Neeson tem sido uma característica bem vinda em um par deles. Mas, o os fãs de filmes como Jackie Brown ou Out of Sight/Irresistível Paixão, para não mencionar pratos mais clássicos e antigos, como Falcão Maltês e Murder, My Sweet/Até a Vista, Querida, serão sentidos aqui com muita fome no cinema contemporâneo, assim, o filme de Neeson, nos fornece uma refeição substancial para quebrar o jejum.
O filme começa em 1991, descrevendo um dia muito ruim do ainda policial Scudder, em uma cena de intensidade brutal e surpreendente. Não será a única. Depois muda para 1999, para uma Nova York apertada em meio ao panico do Bug do Milênio, e um Scudder sóbrio e austero, sendo relutantemente arrastado para um caso de assassinato e sequestro peculiar. O diretor Frank mantem a tesão insistentemente fervente e instável, mesmo com ele estando apenas construindo seus personagens e quando a fervura chega ao seu ponto máximo ele não poupa ninguém ao redor. A história gira em torno de dois caras mentalmente perturbado, que tem transformado em esporte a coisa de sequestrar e pedir resgate de esposas de vários traficantes de drogas da cidade. O fato das presas estarem relacionadas ao crime, leva a policia a uma decisão polemica para as vitimas. Soma-se a isso psicopatia dos dois sequestradores, que nunca devolvem suas vitimas mesmo depois do resgate ter sido pago. É tudo algo ainda mais distorcido do que estou conseguindo colocar aqui, e Frank descreve apenas o suficiente dos dados para fazer o estomago do espectador retorcer, mas também para compreender a raiva e a indignação se acumulando no sempre estoico Scudder, cujo inferno pessoal só pode ser mantido a distância para não sucumbir a essas emoções. A últimas vitima dos sequestradores é a filha de apenas 13 anos de um traficante... bem, a coisa toda é susceptível de nos fazer cair o queixo.
Essa não foi a primeira vez em que Scudder deu a cara na tela grande. Ele já aparecera tristemente em 8 Million Ways To Dioe/Morrer Mil Vezes, de 1986, de Oliver Stone e Hal Ashby. Lápides reinicia o personagem e o recebe direito não apenas fisicamente. Neeson captura a tenacidade de Scudder, sua inteligência e seu evidente cansaço com tudo, mas também a sua humanidade e humor. Fazendo pesquisa para o caso, Scudder encontra um adolescente sem-teto Afro-Americano chamado TJ (muito bem interpretado por Brian "Astro" Bradley). com que ele inicia uma improvável amizade, mas que o afeta em última análise ao tornar o garoto um tipo de ajudante. O filme retrata a afinidade entre ambos de uma forma que é totalmente bonita e convincente. Frank também assume alguns riscos reais na cena do confronto que é o clímax da narrativa, em vez de encenar uma peça conjunta de ações simples, ele cambaleia os eventos e intercala-os com uma cena determinante no desenvolvimento de Scudder como pessoa. O filme reflete sobre como a espiritualidade de Scudder que irá realizar-se sob a exposição a um exemplo particularmente monumental do mal. Filmes como Perseguição Implacável (estrelado por Neeson) costumam se desviar de como eles poderiam ser, e não perguntam se o espectador se preocupa com a alma do protagonista. Uma Caminhada Entre Lápides faz, e por isso além de ser um thriller explosivo, dá algo não insubstancial como extra.
O filme começa em 1991, descrevendo um dia muito ruim do ainda policial Scudder, em uma cena de intensidade brutal e surpreendente. Não será a única. Depois muda para 1999, para uma Nova York apertada em meio ao panico do Bug do Milênio, e um Scudder sóbrio e austero, sendo relutantemente arrastado para um caso de assassinato e sequestro peculiar. O diretor Frank mantem a tesão insistentemente fervente e instável, mesmo com ele estando apenas construindo seus personagens e quando a fervura chega ao seu ponto máximo ele não poupa ninguém ao redor. A história gira em torno de dois caras mentalmente perturbado, que tem transformado em esporte a coisa de sequestrar e pedir resgate de esposas de vários traficantes de drogas da cidade. O fato das presas estarem relacionadas ao crime, leva a policia a uma decisão polemica para as vitimas. Soma-se a isso psicopatia dos dois sequestradores, que nunca devolvem suas vitimas mesmo depois do resgate ter sido pago. É tudo algo ainda mais distorcido do que estou conseguindo colocar aqui, e Frank descreve apenas o suficiente dos dados para fazer o estomago do espectador retorcer, mas também para compreender a raiva e a indignação se acumulando no sempre estoico Scudder, cujo inferno pessoal só pode ser mantido a distância para não sucumbir a essas emoções. A últimas vitima dos sequestradores é a filha de apenas 13 anos de um traficante... bem, a coisa toda é susceptível de nos fazer cair o queixo.
Essa não foi a primeira vez em que Scudder deu a cara na tela grande. Ele já aparecera tristemente em 8 Million Ways To Dioe/Morrer Mil Vezes, de 1986, de Oliver Stone e Hal Ashby. Lápides reinicia o personagem e o recebe direito não apenas fisicamente. Neeson captura a tenacidade de Scudder, sua inteligência e seu evidente cansaço com tudo, mas também a sua humanidade e humor. Fazendo pesquisa para o caso, Scudder encontra um adolescente sem-teto Afro-Americano chamado TJ (muito bem interpretado por Brian "Astro" Bradley). com que ele inicia uma improvável amizade, mas que o afeta em última análise ao tornar o garoto um tipo de ajudante. O filme retrata a afinidade entre ambos de uma forma que é totalmente bonita e convincente. Frank também assume alguns riscos reais na cena do confronto que é o clímax da narrativa, em vez de encenar uma peça conjunta de ações simples, ele cambaleia os eventos e intercala-os com uma cena determinante no desenvolvimento de Scudder como pessoa. O filme reflete sobre como a espiritualidade de Scudder que irá realizar-se sob a exposição a um exemplo particularmente monumental do mal. Filmes como Perseguição Implacável (estrelado por Neeson) costumam se desviar de como eles poderiam ser, e não perguntam se o espectador se preocupa com a alma do protagonista. Uma Caminhada Entre Lápides faz, e por isso além de ser um thriller explosivo, dá algo não insubstancial como extra.
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