Uma trama simples, uma ideia foda, um artista monstruoso e toneladas de referências aos clássicos faroestes italianos. Isso é Bando de Dois, o épico nordestino de Danilo Beiruth.
Na história, o cangaceiro Tinhoso é incumbido por uma visão fantasmagórica a vingar/libertar seu bando, que foi dizimado em uma emboscada. E, unindo-se a um outro sobrevivente do grupo, o Caveira de Boi, parte em direção ao responsável pela chacina, que guarda, como troféu, a cabeça dos integrantes do bando.

Acompanhamos o tal Bando de Dois em sua vingança sanguinária por quase cem páginas de um preto e branco absolutamente lindo. É difícil até comentar o quanto Beiruth desenha bem, chega a ser redundante. A arte do cara é assustadora, tudo é detalhado, tudo é tratado com esmero, cada lugar, animal e ser humano é único, nada é genérico. Cada personagem é extremamente expressivo e suas expressões fazem com que, ao ler cada balão, o leitor atribua a eles uma voz, uma personalidade. E cada um deles é um típico cowboy durão e machão dos filmes do Sérgio Leone. É como ver um filme do Clint Eastwood situado na caatinga.
E conforme vai se aproximando de seu clímax, Bando vai se tornando cada vez mais dinâmico e mais urgente, cada vez mais sangrento e acelerado. Além de divertido pra caramba!
Quando a HQ acaba, fica aquela vontade de ver mais aventuras daqueles dois, talvez um prequel com o bando todo ou uma sequência com as futuras aventuras deles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!