A história de Gustave H, o lendário concegiere de um famoso hotel europeu entre duas guerras, e Zero Mustafa, o menino do lobby (mensageiro) que se torna seu amigo mais confiável. A história envolve o roubo e recuperação de uma pintura renascentista de valor inestimável e a batalha por uma fortuna enorme da família - Todos contra o pano de fundo de um Continente que de repente se ver em profundas mudanças.
Muitas vezes já se disse que o diretor Wes Anderson caminha sobre a linha tênue entre a loucura e a genialidade. Não há mais duvida, com Grande Hotel Budapeste essa distinção não existe mais.
O ridículo torná-se brilhante, e o brilhante nunca foi tão ridículo. Ele é o seu melhor trabalho, ou pelo menos o filme que tem tudo de impulsos criativo do diretor produzindo um trabalho coerente de arte. Os filmes de Anderson sempre tiveram uma marca peculiar e um charme particular, mas nunca antes o publico havia sido imerso tão alegremente na "Andersonland", tão plenamente como aqui. As cores, os movimentos de câmeras que alterna entre diferentes partes do conjunto, a música, a distorção angular, o elenco ridiculamente estelar, todos parecem elementos com a marca registrada de Anderson. A computação gráfica absolutamente ridícula é usada para se juntar ao surrealismo do filme. É também extremamente bem trabalhada, não só visualmente, mas estruturalmente. A edição e o ritmo de Budapeste são perfeitos. É perfeito. Mas é um grande filme? Não tenho certeza. Ele não tenta lidar com questões como a morte, amor, desespero, ou outras grandes temas humanos. Por outro lado, ele ecoa com nostalgia, uma saudade agridoce para um longo passado, e os personagens fascinantes que ele produziu. É tecnicamente uma comédia policial e parece se adequar a uma marca peculiar do cinema muito bem para o diretor; nunca antes a técnica de Hitchocok de começar com um tema principal, fazê-lo declinar em importância e novamente retoma-lo no clímax da narrativa, foi tão explicitamente incorporada na pintura "o menino com a maça". O enredo é apenas um mecanismo que permite a Anderson transportar sua visão para tela, a visão de um mundo peculiar aparentemente diferente do nosso, mas cheio de tantas perdas, e ao mesmo tempo, repleto de compaixão humana. Há comédia, mas o riso é contido e discreto. Ou é sutil ou incrivelmente por cima o que nos nos faz sentir-se desconfortável com ambos, Não há uma única tomada de cena comum, praticamente toda imagem está fora do lugar, a tal ponto que ela começam a formar um filme coerente.
Ainda estou a me perguntar se um filme pode ser absurdo, engraçado, emocionante, violento e colorido ao mesmo tempo, e a resposta é sim. Budapeste consegue combinar tudo isso em sua trama. Anderson cria seu próprio universo cheio de personagens surrealista e engraçados com o charme do velho mundo. A coisa agradável de criar seu próprio universo é que você pode fazê-lo parecer perfeito. Cada cena, cada pequeno detalhe e cada conjunto é impecável. Da jaqueta roxa de Gustave H. ao título do jornal anunciando o começo da guerra, o diretor deu atenção a tudo, ainda que a história se dilua em importância, porque ela é meramente um veículo para os visuais deslumbrantes, o humor, e os diálogos rápidos e inteligentes. Anderson não se furta da violência extrema, mas ele mostra-a de forma excêntrica e quase cômica. As cenas são todas engraçadas, mas há sempre um tom mais escuro por causa da guerra que se aproxima.
A minha cena favorita é uma em que tudo isso vem junto. Mostra Concierges em hotéis em toda a Europa chamando uns aos outros para ajudar Gustave H.. Cada um deles é mostrado em seu hotel (com um maravilhoso nome de fantasia em foco) ocupado fazendo algum trabalho importante como provar uma sopa ou dar os primeiros socorros a um hospede inconsciente, quando é chamado ao telefone. Cada um deles passa a tarefa a seu assistente com a imperativa palavra "assuma!", e atende o telefone. Essa sucessão rápida de pequenas cenas é feita com tanta perfeição que proporciona uma grande alegria em assisti-las. Ralph Fiennes rouba a cena como o sofisticado Gustave H., que nunca se desespera mesmo nas circunstância mais desfavoráveis. Ele é apoiado por um grande numero de atores estelares, que estão as vezes, quase irreconhecível em sua caracterização. Por causa da grande quantidade em qualidade, alguns deles são subutilizado. Tilda Swinton fica muito pouco tempo na tela, assim como Harvey Keitel e Bill Murray. O filme avança a uma velocidade vertiginosa. Você tem que estar muito atento para não perder alguma coisa. O enredo não é sempre muito fácil de seguir, e o dialogo é rápido, e as vezes complexos. E há os grandes ângulos distorcido de câmera com os maravilhosos sets detalhado que nos obriga a prestar atenção. Eu acho que o filme merece uma segunda vista, quem sabe não se pode descobrir um monte de outros detalhes não notados na primeira vez.
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