quarta-feira, maio 28, 2014

Capitão America: O Soldado Invernal 2014


MASCARAS! PARA QUE SERVEM?



Existem duas sequencia pós-créditos em Capitão America: O Soldado Invernal, e que seria inútil e imprudente para eu estragar qualquer uma. Uma delas não fará sentido pra você que ainda não tenha visto o filme. A outra não fazia sentido para min, e eu vi o filme. Eu não poderia explicar se eu tentasse, porque parece, e é apenas uma configuração para o próximo filme da Marvel. O publico, em sua maioria composto de jovens que conhecem as aventuras do heróis da Marvel à partir do cinema, sabia o que estava acontecendo (havia suspiros). Seja o que for, deve ter sido muito bom.


Para que servem mascaras e os uniformes?
Agora, com a licença da nova audiência da Marvel, eu vou viajar no tempo, para trinta anos passados, quando eu respirava e vivia HQs de super-heróis, e confessar minhas estranhezas e o quase sentimento de ser um peixe fora d'água. Mas, felizmente nunca fui de viver parado no tempo, e apenas por isso o sentimento não é completo. Não, para "geração que não concerta algo quando quebra, apenas compra um novo" - como diz o meu irmão Michel, eu envergo, mas não quebro, e sim, eu concerto as coisas. Que coisa maluca é essa com os heróis da Marvel no cinema, com raras exceções é claro,  que os heróis não escondem mais sua identidades. Todo mundo sabe que Steve Rogers (Chris Evans) é o Capitão America, para não falar de Natasha/Viúva Negra (Scarlett Johansson),  que agora é de conhecimento publico. Desculpem, mas fico com a sensação de que as mascaras e demais itens dos uniformes só se manterão porque do contrario esses indivíduos se tornariam mortais comuns. Ok!, isso parece bobagem, mas pensem se o Aranha/Peter Parker ignorasse essa regra. Como seriam as coisa para nosso eterno adolescente. E para finalizar com o saudosismo, que bom ver o Falcão, uma justiça com os quadrinhos originais e com um herói e parceiro do Capitão que sempre foi o seu fiel escudeiro por lá.

Eu posso estar no escuro sobre as minucias do universo Marvel em sua versão cinematográfica, mas tudo que sei sobre super-heróis eu aprendi lá pelos anos 1970/1980 nas HQs. Meu problema com muitos deles é que são pregados nas telas como um coro, operando sob a suposição de que todos na plateia sabem a letra do hino. É muito mais fácil e preguiçoso também para um roteirista simplesmente fazer uma chamada de um personagem e eventos e deixar os fãs preencherem os espaços em branco. Às vezes, a informação na tela é tão escassa que os estúdios deviam pagar aos fãs por fazerem o resto do trabalho. Além disso, a devoção servil a sabedoria às vezes, se torna o custo de fazer um bom filme.

Com isso dito, Capitão America: O Soldado Invernal é um filme muito bom, um filme raro neste gênero que serve como ponto de entrada e de continuação. Para uma mudança, você pode andar as escuras que não irá perder muita coisa. Os atores injetam um pouco de boas-vindas, e emoção inesperada em seus personagens, apesar das visitas ocasionais as sequencias de luta editada a lá escola Jason Bourne, as cenas de ação são também de muito suspense. E a história tem uma pitada dos filmes dos anos 1970 com a paranoia muitas vezes estreladas por Robert Redford e Warren Beatty.

Falando de Redford, ele aparece no filme, como o tipo de figura de proa de poder sombrio que poderia muito bem ter saído dos filmes de Sidney Pollack. Alexander Pierce é um bigshot da SHIELD, responsável por um projeto de defesa que tem mais de uma pitada de Minority Report, para ele.  Uma vez lançado, ele tem a capacidade de fulminar milhões de reais e potenciais ameaças com um apertar de botão. Claro que isso tinha que cair em mãos erradas. Redford aprecia sua vilania, mas ele toma a decisão errada de todo especialista em sua função: o valor de si-mesmo além da conta.

Quando a SHIELD torna-se comprometida, e parece que Nick Fury (Samuel L Jackson) parece estar por trás de tudo, Pierce envia uma quantidade incrível de poder de fogo para matá-lo. A arma mais impressionante em seu arsenal é o tal soldado invernal do titulo, um assassino russo com um braço de metal e uma insanidade comparável apenas à outra de sua metas, Capitão America. Evite o IMDb, se você não quer saber quem é o Winter Soldier, mas eu espero que você já saiba. Eu não vou dizer nada, exceto que o confronto final entre o herói e o assassino está repleto de uma quantidade enorme e refrescante de fraternidade e de sacrifício.

O filme re-introduz o caráter de quase 100 anos de Evans, Steve Rogers, já que ele se encontra desmoronando mas não cançado em voltas em redor de um desses ponto turisticos politico de Washignton DC, e ele faz as voltas rapidamente (afinal ele é um super-herói), que continua ultrapassando Sam Wilson (Antonhy Mackie), antes de Wilsom conseguir completar sua primeira volta. "Para esquerda!" Rogers grita enquanto lhe ultrapassa, para grande aborrecimento e confusão de Wilson. Quando os dois oficialmente se conhecem Mackie e Evans fazem seus papeis de maneira a sugerir o inicio de uma bela amizade. (Isso faz sentindo em especial se você souber quem Wilson realmente é). A química entre ambos permite um investimento mais pessoal em suas sequencias de ação, algumas das quais, eu tenho quase vergonha de admitir, me deixou preocupado com os mocinhos

O que mais me impressionou foi sobre como Mackie, Evans e Scarlett Johaansson (que retorna como Natasha Romanoff/Viúva Negra) interagem e como eles olham um para o outro. Preste atenção a sua linguagem corporal, como eles provocam-se gentilmente em suas cenas tranquilas, e observe como os diretores Anthony e Joe Russo molda-os. Há um atalho de genuína emoção no trabalho, especialmente a partir de Johansson, que é excelente aqui, como no resto do filme. Jackson Nick Fury também tem um bom relacionamento com Evans cujo o perfil meio infantil inicial amadurece em uma travessia tranquila para um cara chamado Capitão América. Jackson faz mais com a leitura de uma linha mais do que algumas de outras linha merecem.

Jackson/Fury merece qualquer coisa que tenha ganhado por fazer o filme, incluindo papel mais importante na melhor sequencia de ação do mesmo, a demostração de como um veículo indestrutível (ou, melhor, destrutível) pode ser também um Fury igualmente indestrutível. Ele também ganha um daqueles momentos "mar azul profundo" você talvez não o veja chegando, é um aceno Pulp Fiction que só os telespectadores com olhos de águia vão ver.


Durante seus 136 minutos, o filme libera muito do que a MPAA (O órgão americano que classifica os filmes em faixas etárias) se refere como "sequencias intensas de violência, tiroteios e ação". Cada vilão tem uma arma que dispara zilhões de rodadas de munição, mais ninguém é tão precisa quanto ScarJo com uma ou duas pistolas. Os roteiristas parecem ter mantido simplificada a trama com uma interação verbal mais ágil, isso foi grande para o veterano da Marvel Stan Lee, mas também funcionam como uma mordaça de desculpa para super-heróis em uma camisa de força de retrocesso.

De todos os personagens Vingadores, Capitão América é provavelmente o meu favorito ´o seu lance de 100 anos adormecido é que me intriga, seu lance de ser mais velho do que o que parece e ter que fazer uma re-entrada num novo e nem sempre admirável mundo é uma estranheza para min. Embora eu também tenha gostado dos filmes  do Homem de Ferro, mas muito por causa do caráter meio sujo e debochado de Anthony Edward Stark (o nome que só vi nos quadrinhos há trinta anos passados) e do sempre bom Robert Downey Jr. que infelizmente ficou preso numa PG 13 (o que significa, liberado para maiores de 13 anos), da pra imaginar o que seria isso em algo com menos amarra. Hulk só funciona para min em pequenas dose, então ele já passou da conta. Com Thor eu nunca soube muito o que fazer com ele, e a julgar por seus filmes, nem os cineastas. Capitão América parece mais próximo, pelo menos nesse filme a um personagem cujo o alter-ego não parece enlatado e imutável. Há uma vulnerabilidade em Steve Rogers que me faz insistir no negocio da mascara. Ele tem potencial de crescimento, tanto como homem e como herói.

Está é a maior diversão que eu já tive com um desses filmes desde do primeiro Capitão América.

E para não esquecer, que coisa maravilhosa a referência e a execução da musica Trouble Man de 1972 do genial Marvin Gaye. É realmente tudo que você possa ter perdido no tempo de 4 ou 5 décadas, num único disco. Salve Marvin!





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