terça-feira, julho 02, 2013

Sinatra And Company - Frank Sinatra e Tom Jobim, ou: Recriando a existência com a Música.

Dia 179. Michel 166.

Pensei em algo que fosse mais do que épico para essa terça feira estranha, e escutei uns três discos hoje para me decidir - inclusive sinalizei um outro para o Felipe Pereira. Mas eu não estava confortável com a escolha, então fui mexer e rever as músicas de minha coleção e achei este rapaz aqui:


Confesso que não lembrava deste, e me "arrupiêi todim" quando o vi ali, no meio dos outros, pedindo para ser ouvido.


Não me arrependi.

Sinatra por si só já é de uma doçura e de uma "dançância" (capacidade de levar alguém a dançar - palavra minha, dá licença?) absurdas. Ouvir o Ol' Blue Eyes é sentir-se ser tomado por uma cálida sensação de se ter alguém que te entende, e que já se sentiu apaixonado com a mesma pureza e com o mesmo fogo que você.  Ouvir Frank Sinatra é, além de atestar bom gosto, ser capaz de reconhecer em si mesmo a beleza que somente a boa música pode conceber e conceder.


Aí você pega e junta o cara com quem? Com Tom Jobim! Meu irmão, isso é o Big Bang de novo! Dois deuses com poderes cósmicos incalculáveis, dois avatares de Ilúvatar, recriando a existência com música!


É uma experiência sem igual. É ser arrebatado em direção ao Mundo das Ideias, é ser transformado em fibras brilhantes, quentes e suaves de êxtase. É sinestesicamente onírico.



Nuvens, poesia, maresia, vento e amor. Bossa Nova no mais alto nível, reestruturando sentimentos e sentidos.

Você precisa.


A interpretação de Sinatra é serena e apaixonada, exalando/emanando talento e admiração pela música e pela musicalidade de Jobim. São hinos de amor e de amizade, de respeito, de mútuo carinho e dependência pela Suprema Arte.

Inesquecível. Perfeito. Eternos.


Escute esse disco e você não vai se arrepender. Invariavelmente você se tornará uma pessoa melhor ao fim da audição.


Espero você lá.

Um comentário:

  1. Me lembrei do Tom Zé explicando a bossa nova. Comparando-a ao petróleo. Comparando todo o tempo de maturação da música brasileira até chegar a um produto como a bossa. Citando o Brasil como exportar de produtos básicos como alimentação até a expressão máxima, a cultura.

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