terça-feira, julho 02, 2013

Uma Lição de Amor (Esse é um péssimo título nacional)

Dia 179. Felipe Pereira 172
I Am Sam - 2001
Dir: Jessie Nelson
Elenco: Sean Penn, Michelle Pfeiffer, Dakota Fanning

Mais um da série “Vi no Curso de Logística e Não Sei Por Que”: Uma Lição de Amor.
Filme bacana, filme batuta, drama daqueles que emocionam pra caramba sem precisar de cachorro morrendo nem de criança com câncer: Sam Dawson (Sean Penn) é autista, trabalha no Starbucks pra se sustentar, tem um grupo de amigos em situação semelhante à dele (o clube do vídeo) e leva sua vidinha independente como pode, na dele. Até o dia em que uma prostituta dá à luz a uma filha do cara e dá no pé, deixando o sujeito com a responsabilidade de bancar sozinho uma recém nascida.
Contra todas as possibilidades o sujeito decide criar a menina e dá a ela o nome de Lucy Diamond, por causa da música dos Beatles, de quem Sam é um fã alucinado.
A menina cresce, vira a Dakota Fanning e, entre trancos e barrancos, com ajuda de amigos e conhecidos, Sam consegue tomar conta da menina, apesar de sua deficiência.
Até o momento em que, por conta de uma série de mal entendidos, o serviço social entra na jogada, contesta a capacidade de Sam de cuidar da própria filha e decide tirar-lhe a guarda da garota.
Para se defender, seguindo dicas de amigos, Sam entra em contato com Rita (Michelle Pfiffer), uma advogada daquelas infalíveis, que nunca perdem um caso mas cobram os olhos da cara. Por conta de mais uma série de mal entendidos Rita decide tomar conta do caso de Sam por conta própria, totalmente de graça e, o que antes era questão de ego para a advogada, passa a ser um objetivo de vida: garantir que Sam receba a guarda da filha de volta.

O filme é bem maluco, tem um ritmo diferente, tem um estilo de filmagem bem próprio e atuações fantásticas tanto do Penn quanto da Michelle Pfiffer e da Dakota Fanning bem novinha, devia ter uns seis, sete anos. Apesar de ter momentos muito bem humorados, durante a maior parte da projeção a sensação que se tem é a de um nó na garganta, aquela vontade desgraçada de se debulhar em lágrimas.

Filme bacana, batuta, faz chorar, faz sorrir com história pouco convencional, mas ainda é um daqueles dramas de gente deficiente. E seria só mais um bom filme não fosse o elenco competente e o repertório matador. O grande chablau de I Am Sam é sua trilha sonora de covers turbinados dos Beatles. Não bastasse só ter escolhido músicas excelentes, ainda chamaram vozes poderosas para interpretá-las. Vozes como Ben Harper (cantando Strawberry Fields Forever), Eddie Vedder (You’ve Got To Hide Your Love Away), Rufus Wainwright (Across the universe), Sarah Mclachlan (Blackbird), Aimee Mann, Nick Cave, Stereophonics…



Pelo conjunto da obra, filme, elenco, história e música, I Am Sam é uma excelente pedida praqueles dias em que você quer ver algo que te faça desidratar e morrer de chorar. De preferência, veja em casa, não em uma sala de aula com mais quarenta pessoas.

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