Dia 195 Felipe Pereira 181
E ai, pessoas? Felipe de volta, como cês tão?
Mark Lanegan é um sujeito rodado. Já teve banda própria, uma tal de Screaming Trees, já tapou buraco em banda alheia, no Queens of Stone Age, já fez participação em todo tipo de banda que se puder imaginar... Apesar disso tudo, o cara é meio sombrio, pouco conhecido, pouco comentado...
Mark Lanegan é um sujeito rodado. Já teve banda própria, uma tal de Screaming Trees, já tapou buraco em banda alheia, no Queens of Stone Age, já fez participação em todo tipo de banda que se puder imaginar... Apesar disso tudo, o cara é meio sombrio, pouco conhecido, pouco comentado...
Não diria que é uma injustiça, o estilo dele não é do
tipo que faz barulho pra caramba, não é algo extremamente comercial. A sensação
que se tem ao ouvir um disco dele é a de que ele faz daquele trabalho o que bem
entender, mistura gêneros ao bel prazer, sem ter a necessidade de vender
milhões de cópias ou de ganhar vários prêmios.
O disco Bubblegum, de 2004, é exatamente isso. Uma irregularidade
de gêneros que vai do rock industrial ao fundo do poço dramático sem nenhuma
sutileza. Aliás, sutileza é a última coisa que se deve esperar de Mark Lanegan.
O cara é meio ogro, feio pra cacete (parece que levou um
tiro de espingarda na cara e sobreviveu pra acender mais um cigarro e tomar
mais uma dose de uísque), não mede palavras, não tem medo de soar sujo ou
agressivo demais, ou até meloso quando um sentimento mais romântico é requerido...
O grande diferencial de Lanegan é a voz cavernosa, grave
e rouca, meio abusada, meio irritada, parece que o cara a qualquer momento vai
parar de cantar e começar a gritar com você e te dar uns tapas.
Desse disco eu destaco fácil, fácil as mais pesadas e
agressivas Hit The City, Head, Metanphetamine Blues, Death Valley e as
belíssimas Like Little Willie John, Come To Me e Strange Religion.
Todas as outras são excelentes, mas essas em questão são
espetaculares.
Disco irregular, intimista, pesado e abusado. Não é feito
pra se ouvir habitualmente, só naquelas ocasiões em que você está puto da vida
com o mundo, mas sem forças pra descer a porrada na cara da vida, aquela vadia.
Bonus Track? Não deixe de ouvir a fantástica parceria do
Lanegan e do Unkle, a linda Another Night Out. Música de rito de passagem! Não tem nada a ver com esse disco, mas vale a referência.
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