Dia 147 - Felipe Pereira 142
Batman: The Dark Knight Returns, Part 2
Dir: Jay Oliva
Elenco: Peter Weller, Ariel Winter, Michael Emerson | See full cast and crew
E aqui vamos nós com a conclusão do épico animado do
homem morcego: O Cavaleiro das Trevas, Parte II, a animação que adapta o
segundo ato da saga escrita e desenhada pelo então genial Frank Miller.
Como vimos no longa anterior, Batman está de volta às
ruas de Gotham e, com isso, criminosos dos mais variados tipos decidiram que
queriam a cabeça do cavaleiro das trevas. Batman retorna implacável, mais velho,
ranzinza e violento que nunca: nenhum criminoso comum de Gotham oferece desafio
ao Vovô Wayne. O problema são os criminosos incomuns... Como vimos no final da
primeira parte, após derrotar o grupo criminosos Os Mutantes, a criminalidade
em Gotham descentralizou, alguns criaram suas próprias gangues, alguns
decidiram assumir-se como líderes do submundo do crime da cidade onde nunca
amanhece (o problema foi a quantidade e a qualidade dos autoproclamados
líderes) e a maioria foi para o outro lado da força. Os próprios mutantes
decidiram que continuariam sendo foras da lei, mas de uma forma diferente:
assumindo para si a luta do Batman e dando origem a um novo grupo criminoso,
bem intencionado, mas ainda assim criminoso: Os Filhos do Batman, algo parecido
com o mostrado na adaptação do Nolan para a telona.
Não fosse suficiente o bando de lunáticos fazendo um
trabalho ainda mais agressivo que o morcego vinha fazendo, a opinião pública se
voltando contra ele, a onda de merda que inundou a cidade, a criminalidade mais
alta que nunca, James Gordon sendo chutado do cargo de comissário e uma militante
do Femen assumindo o cargo, o presidente dos EUA sente-se ameaçado pelo retorno
à ativa do cara e decide colocar ninguém menos que o Superman no encalço dele...
E pior...
O Coringa acorda de um transe catatônico no qual se
encontrava a anos e decide também voltar à ativa na vida criminosa, mas de um
modo triunfante: dando uma entrevista em primeira mão ao talk show mais
assistido do país. E matando a plateia inteira e o apresentador na frente das
câmeras, obviamente.
E é depois disso que Bruce Wayne toma o que provavelmente
seja a mais dura decisão de sua vida: acabar de uma vez por todas com a ameaça
do Coringa e livrar Gotham do crime com tudo o que ele tiver em mãos.
E ele terá de lidar com as consequências desses atos...
O Cavaleiro das Trevas, Parte 2 finaliza a saga animada
do morcego de uma forma épica e eletrizante. Não há tempo perdido nessa uma
hora e quinze de filme, só há tempo para desenvolver o que ainda não foi
desenvolvido na Parte 1 e partir pra pancadaria. E que pancadaria! A animação
parece estranha no primeiro momento, mas ela é extremamente funcional, torna o
traço do Miller algo mais convencional e amigável, mas usa-o como referência direta.
Uma coisa bacana sobre CDTP2 é que ele resgata
um aspecto pouco lembrado do morcego. Eu mesmo não me lembrava que Bruce Wayne
é um mestre dos disfarces e aqui, nessa segunda parte, ele se disfarça de
algumas coisas bem bizarras...
Mesmo que o que é mostrado aqui ou o que é mostrado nas
páginas da HQ de Miller não influenciem na cronologia oficial da DC de maneira
alguma (nem na época em que foi lançada e muito menos hoje em dia), ver o que
acontece aqui a personagens consagrados é algo no mínimo chocante. Eu acho que
cheguei a falar isso no post anterior, mas é sempre bom repetir: esse não é um
filminho de crianças, a menos que você saiba o que está fazendo, não deixe seu
filho de 5 anos ver essa animação! Há violência, insinuação sexual, seminudez
agressiva... Negócio pesado.
Assim finalizo minha análise sobre a adaptação animada de
O Cavaleiro das Trevas, espero que tenham gostado, não deixem de ver o filme e
comentar aqui!
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