Michel 121, Dia 127.
Escutar Noel Gallagher é dar chance àquela gostosa nostalgia que diz em voz alta: O Oasis foi uma das maiores bandas de todos os tempos. Percebe-se facilmente que Noel era a alma e o sangue do grupo, por seu carisma e sua postura divertida e arrogante. Seria exagero de minha parte dizer que Noel era o Oasis? Talvez. Mas nós, ocidentais, não pecamos diariamente ao eleger Apolo ao invés de Dionísio?
O disco de hoje foi gravado em 2006, num show solo do Noel na cidade de Toronto, Ontário, no Canadá, acontecido no Danforth Music Hall (descobri esse disco/gravação no www.euescuto.com.br, e aconselho-vos a visitarem. Sempre tem coisa boa e novidade). Um show feito com praticamente apenas grandes sucessos do Oasis, tocados e cantados de uma forma mágica e surreal.
Vale a pena ouvir este registro de grandes músicas na voz & violão do Noel. Neste disco encontramos inclusive uma versão de Strawberry Fields Forever que é épica em sua simplicidade, e cheia de sentimento igualável somente à versão original.
"Talk Tonight", "Listen Up", "Fade Away", "Cast No Shadow"... é ver desfilar diante do olho imaterial de sua mente musical todas as texturas transformadas em clássicas pelo Oasis, tocadas aqui de maneira merecida pelo único digno de ser herdeiro do legado do Oasis.
Sim, eu não vou muito com a cara do Liam. Sim, o Noel é melhor. That's it.
Dá vontade de começar uma revolução direto de sua cama enquanto se tem aquele gostinho da adolescência, do colégio, dos amigos, da menina ruiva que te ensinou a curtir Oasis...
Não há motivos para se olhar para trás com mágoa, eu a ouvi dizer.
Oh yeah. Solos e mais solos de guitarras e violões ensandecidos contando histórias e poemas de amor, dor e perda.
Como é bom saber tocar um instrumento, diria Caetano. Eu, por outro lado, termino o post de hoje com uma citação de Novalis:
"A vida de um homem culto deveria simplesmente alternar-se entre música e não-música, como entre o sono e o despertar."
A todos uma boa noite e um nostálgico abraço musical.
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