sexta-feira, outubro 14, 2016

Luke Cage - Netflix


A série Luke Cage Netflix/Marvel tem toda a ambição cinematográfica e a atmosfera que você espera, com uma tremenda trilha sonora de companhia.

Esse Review contém spoilers, então leia com  moderação! Baseia-se nos primeiros sete dos treze episódios.

Luke Cage não tem as artes marciais coreografadas e de abrir os olhos que vimos em Demolidor ou o terror psicológico de fazer bater o coração encontrado em Jessica Jones. O cenário permanentemente obscuro mesmo de dia, da versão ficcional Marvel da cozinha do inferno é substituída pelas promessas dos dias de verão de bairros ressurgentes como Harlem em Nova York. Mas como seus antecessores, Luke Cage dispõe de um excelente elenco, tremenda atmosfera, e uma vontade imensa de ir a lugares que outras produções da Marvel Studios não vão. E isso traz algumas voltas divertidas para a festa, também.

A série inicia, com Luke apenas tentando se manter discreto e fora dos olhares curiosos, varrendo o chão de uma barbearia, lavando pratos em uma boate, e não mostrando que ele pode levantar um caminhão quando está de bom humor. Mike Colter faz um Luke Cage com confiança relaxada, o exato do que você esperaria de um homem com a pele indestrutível, e o seu carisma fácil joga bem com o resto do elenco. Quando a série tropeça, Colter não faz o mesmo.


Luke encontra-se em conflito com Cornell "Cottonmouth/Boca de algodão" Stokes (Mahershala Ali), um gângster e dono do clube Harlem Paradise. Stokes não é o vilão da parte alta da cidade de Demolidor como Wilson Fisk, apesar de tudo. Enquanto Fisk é um cara duro, inseguro e cheio de delírios, de cultura e de bom gosto, Stoke é o negocio real, cujo o Harlem Paradise atrai o top de linha da atual musica Soul e R&B (e nós somos presenteados com performances de vários deles). As empresa de fachadas para o crime são uma necessidade para Stokes, mas seu coração parece estar com a música. Ele também está ajudando sua prima politicamente ambiciosa que tem uma história própria. Stokes é assistido por um cara misterioso chamado Shades (Theo Rossi), uma espécie de consultor de gangster, que exala um charme serpentino nas margens de praticamente todas as cenas que envolvem o crime no Harlem.

Mas assim como Mike Colter foi um destaque imediato na primeira temporada de Jessica Jones, assim é Simone Missick sobre Luke Cage. A vez é de Ms. Missick como a Detetive da Policia de Nova York, Misty Knight que deve ter por agora uma boa quantidade de fãs clamando para uma inclusão de destaque na futura série The Defenders. Ela ocupa bem seus espaços aqui, mas ainda não podemos julgar contudo, se Misty irá de fato se conectar com o público.

Oh, e as músicas! As melodias gloriosas! Isso provavelmente não deveria ser uma surpresa, considerando o produtor da série Cheo Hodari Coker um escritor de boas matérias para a Roling Stones, mas a música desempenha o papel mais ativo em uma produção de super-heróis desde Guardiões da Galáxia. A mistura de Rap, Soul, R&B e cortes profundos de Blues é enorme (John Lee Hooker cantando “I’m Bad Like Jesse James/Eu sou mal como Jesse James" cai como uma luva para o efeito extraordinário de uma cena). Igualmente impressionante é a trilha sonora original de Adrian Younge com a música tema  (The Black Dynamite). A canção A Tribe Called Quest de Ali Shaheed Muhammad, que acrescenta um verniz perfeito estilo anos 1970 no processo. As produções da Marvel Studios não são realmente conhecidas por orquestrações distintivas, e outras são de pontuação subvalorizada como a de Alain Silvestre para Capitão America: O Primeiro Vingador, poucas são particularmente memoráveis. Luke Cage é tão audível com as musicas mais reconhecíveis salpicando por toda parte.

Daredevil e Jessica Jones são embrulhados em uma versão fictícia de Hell's Kitchen, mas o Harlem de Luke cage é um lugar muito diferente. Talvez seja o fato de que maior parte da ação ocorre durante o dia e não há um traje de super-herói dentro da série, ou talvez seja a trilha sonora funky, mas há um sentimento  de retrocesso distinta que nos arrasta para uma sensação de uma serie exibida nas noites de quinta-feira em 1975.

Mesmo que a série pegue alguns dos acontecimentos da primeira temporada de Jessica Jones, você não vai precisar de nenhum conhecimento prévio para desfrutar de Luke Cage, apesar de existirem algumas referências oblíquias do passado recente do personagem. De fato, como a maioria das ofertas Marvel/Netflix, você não precisa saber um lote dos infernos de coisas em constante expansão do que está lá, se você quiser (e para o fãs das HQs do personagem há muito o que amar e olhar).

A série atinge os problemas usuais das produções Marvel/Netflix. Há arquétipos demasiados e os personagens tem uma tendência ao monólogo, as vezes de forma agressiva. Isso nunca é mais aparente do que em um episódio dedicado à história de origem de Luke, que moi tudo a um impasse sob o peso de uma exposição aparentemente interminável e personagens que todos devem conhecer melhor. É uma coisa muito terrível que quase não acaba.



Embora os episódios que assisti até agora não tenham chegado a ter o mesmo efeito em min como os primeiro do Demolidor e Jessica Jones que não conseguir ir até o fim, o compromisso com a caracterização e a história em exibição em Luke Cage ainda se sente milhas à frente de alguns de seus outros esforços. Estas amostras da Netflix são mais consistentes onde alguns trabalhos soam mais aventureiros e empurram os limites da Marvel, e Luke Cage não é uma exceção. Com seu indefectível moletom e capuz Luke Cage ricocheteando uma saraivada de balas é uma imagem poderosa que pode irritar pessoas mais a direita, e talvez seja a declaração politica mais ostensiva dos Studios Marvel já tentada. De nervoso seu personagem título não tem nada. Em um ponto, um personagem, brincando, refere-se a Luke como sendo o "Capitão América do Harlem" e isto esta certo em mais de uma maneira. Mr cage não é apenas alguém que você gostaria de ter do seu lado durante uma briga, ele é alguém que você confiaria as chaves reservas da sua casa ou para falar uma verdade para seu filho. Mesmo quando varre o chão, Luke Cage é apenas um cara tentando fazer a coisa certa, e talvez a mensagem central deste programa é que você não precisa ter super poderes para fazer isso.

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