Um tema recorrente na agenda do meu pensamento tem sido a SINGULARIDADE. Depois de assistir e resenhar o filme Transcendence, que basicamente é um dos caminhos que poderiam seguir o fenômeno da singularidade, fiquei pensando que outros caminhos ela poderia seguir para moldar a nossa realidade.
Por definição, a Singularidade Tecnológica é um ponto cego no nosso pensamento preditivo. Futuristas têm dificuldade em imaginar o que será a vida depois de criar uma inteligencia artificial maior que a inteligência humana. Aqui vai uma lista de sete resultados que ninguém pensa - e que poderia nos deixar completamente surpreso.
Para efeito desta lista, eu decidi manter uma definição muito frouxa de Singularidade Tecnológica. Minha preferência pessoal é a de uma explosão de inteligência e o aparecimento de múltiplos (e potencialmente concorrentes) fluxos que se dividiriam em uma superinteligência artificial (SIA) e uma mais fraca (IA). Mas a Singularidade também poderia resultar em uma espécie de futuro "Kurzweiliano" em que a humanidade se fundiu com a maquina.
Além de alguns desses cenários, a Singularidade pode resultar em mudança existencial completa para a civilização humana, com a nossa conversão à vida digital, ou o surgimento de um mundo livre de escassez e sofrimento. Ou isso pode resultar em um desastre total e um apocalipse global que resultaria em algo comparado ao mundo descrito em The Matrix e em outras ficções distópicas..
Mas existem alguns cenários menos conhecidos que também valem a pena ter em mente, para que não sejamos pegos de surpresa. Aqui estão sete deles.
1. AI Wireheads - É geralmente aceito que uma superinteligência artificial (SIA) se auto-melhoraria em busca de tornar-se progressivamente mais inteligente. Mas e se a melhora cognitiva não for o objetivo? E se a IA quisesse apenas se divertir? Alguns futuristas e escritores scifi especulam que os humanos do futuro vão se envolver na pratica de wireheading - estimulação artificial do cérebro com o objetivo de sentir prazer. Uma AI pode concluir, por exemplo, que otimizar sua capacidade de sentir prazer é a coisa mais significativa e interessante que poderia fazer. E, de fato, a evolução orienta o comportamento dos animais de uma maneira semelhante. Talvez uma IA com capacidade de se auto-modificar não seja imune a essa tendência. Ao mesmo tempo, uma IA também poder interpretar a sua função de utilidade de tal maneira que ela decida que wireheading seja a melhor coisa para toda população humana. Ela pode fazer isso, por exemplo, se ela foi pré-programada para ser "segura" e considerar o interesse dos seres humanos, levando assim seu limiar ao extremo.
2. Adeus e obrigados a todos. - Imagine o seguinte cenário: A Singularidade Tecnológica acontece - e a SAI emergente faz as malas e vai embora. Ela poderia simplesmente lançar-se no espaço e desaparecer para sempre. Mas, para que esse cenário faça qualquer sentido, uma SAI teria que concluir que a interação com a raça humana não valeria a pena por qualquer razão e deixaria a Terra em uma nave estilo golfinho de Douglas Adams.
3. Uma configuração invisível aos olhos humanos - É concebível que uma IA suficientemente avançada (ou uma mente de carregamento transcendente) pode constituir-se como uma "singleton", uma ordem mundial hipotética em que não há uma única agência de tomada de decisão (ou entidade) no mais alto nível de controle. - Singleton é um padrão de projeto de software (do inglês Design Pattern). Este padrão garante a existência de apenas uma instância de uma classe, mantendo um ponto global de acesso ao seu objeto.
Nota linguística: O termo vem do significado em inglês quando se resta apenas uma carta nas mãos, num jogo de baralho. - Wikipédia. - Mas ao invés de fazer de si um monopólio mundial óbvio, esse Deus-IA poderia secretamente exercer o controle sobre a população humana de uma maneira absolutamente discreta.
Para isso, uma Singleton-SAI usaria a vigilância (incluindo a detecção confiável da mentira) e as tecnologias de controle da mente, as tecnologias de comunicação e outras formas de inteligencia artificial. Em última análise, ela iria trabalhar para evitar ameaças a sua própria existência e supremacia, enquanto exerce o controle sobre as partes mais importantes do seu território ou domínio. Durante todo o tempo restante ela ficaria invisível, em segundo plano.
4. Uma Jihad contra as maquinas - Outra possibilidade é que a humanidade poderia derrotar uma super inteligência artificial - um resultado totalmente inesperado apenas com base na mera improbabilidade dela. Sem dúvida, uma vez que uma SAI maligna ou equivocada fica fora de controle, ela vai ser muito difícil de ser parada. Mas a humanidade, talvez aliada com uma AI amigável, ou por outros meios, possa encontrar um meio de vencê-la antes que está possa invocar sua vontade sobre o planeta e as relações humanas. Frank Herbert abordou essa possibilidade em sua série de romances Dune graças a Jihad Bluteriano - um evento cataclísmico em que o "o deus da maquina lógica" foi derrubado pela humanidade e um novo principio fundamental foi invocado: "Não farás uma maquina semelhante a mente humana". O Jihad resultou no surgimento de uma nova sociedade feudal. Também resultou no aumento da ordem mental - seres humanos com habilidades cognitivas extraordinárias que funcionavam como computadores virtuais.
5. Primeiro contato - Nossa transição para uma civilização pós-singularidade também pode expor-nos a uma comunidade intergaláctica maior, mais tenologicamente avançada. Há uma série de diferentes possibilidades, aqui - e nem todas elas boas.
Em primeiro lugar, uma civilização pós-singularidade (ou SIA) pode descobrir rapidamente como se comunicar com extraterrestres (receber ou transmitir). Pode haver um tipo de internet cósmica da qual somos alheios, mas que só civilizações avançadas podem ser capaz de detectar (por exemplo, algum tipo de esquema de comunicações quântica envolvendo não-localidade). Em segundo lugar, uma especie de primeira-diretiva poder estar em vigor - uma política galáctica de não-interferência em que civilizações "primitivas" são deixadas à própria sorte. Mas em vez de esperar que desenvolvamos uma tecnologia que nos permita viajar mais rápido que a luz, estariam nos esperando para nos alcançar e sobreviver. Em terceiro lugar, e relacionado com o ponto anterior, uma civilização alienígena também pode estar esperando por nós para chegar a singularidade, momento em que ela irá realizar uma avaliação de risco para determinar se a nossa emergente SIA, ou a nossa civilização pós-singularidade representa algum tipo de ameaça. Se ela não gostar do que vê, pode nos destruir em um instante. Ou pode apenas nos destruir de qualquer maneira, em um esforço para impor o seu monopólio galáctico. Isso pode ser realmente com uma sonda nervosa trabalha, ficam paradas em algum lugar do sistema solar, tornando-se ativa no primeiro sinal de uma singularidade emergente.
6. Nossa simulação pode ser desligada - Se estamos vivendo em uma simulação de computador gigante, é possível que estejamos em uma chamada simulação ancestral - uma simulação que estaria sendo executada pelo pós-humano, por algum motivo particular. Poderia ser por entretenimento, ou um experimento científico. Uma simulação ancestral também poderia ser executada em conjunto com muitas outras simulações menores, a fim de criar um grande conjunto de amostras ou permitir a introdução de variáveis diferente. O perturbador é que seja possível que as simulações seja projetadas somente para chegar a um determinado ponto da história - e esse ponto poderia ser muito bem o da singularidade.
Então, se chegarmos a esse estagio, tudo pode de repente ficar escuro. Além do mais, as demandas computacionais necessárias para executar uma simulação pós-singularidade de uma civilização poderia ser enorme. A velocidade do clock, ou até mesmo o tempo de renderização, da simulação poderia resultar na simulação correndo tão devagar que os pós-humanos já não teriam qualquer utilidade prática para ele. Eles irão apenas nos desligar.
7. A IA Começa a Invadir o Universo - É certo que é muito especulativo (não que as formas anteriores não sejam), para o presente - mas pense nisso como uma espécie de "nós não sabemos o que não sabemos" um tipo de coisa que uma SIA suficientemente avançada poderia começar a olhar diretamente para o tecido do cosmo e descobrir o seu "código". Pode começar a mexer com o universo a fim de promover as suas necessidades, talvez fazendo alterações sutis nas leis do universo, ou por um achado (ou por engenharia), encontrar uma "saída de emergência", a fim de evitar o ataque inevitável da entropia. Como uma alternativa, uma SIA poderia construir um universo porão - um pequeno universo criado artificialmente e ligado ao universo atual por meio de um buraco de minhoca. Isso poderia ser usado então como um espaço/universo computacional, ou uma forma de escapar de um eventual morte térmica do universo mãe (ou pai?).
Ou, uma SIA poderia migrar e desaparecer num excessivamente pequeno espaço de vida (algo quer o futurólogo John Smart se refere como espaço STEAM - áreas altamente comprimidas de espaço, tempo, energia e matéria), e conduzir seus negócios lá. Em tal cenário , uma avançada IA permaneceria completamente alheia a nós "metabags" insignificantes; para uma SIA, a ideia de conversar com os seres humanos pode ser semelhante a nós querendo ter uma conversa com uma planta
2. Adeus e obrigados a todos. - Imagine o seguinte cenário: A Singularidade Tecnológica acontece - e a SAI emergente faz as malas e vai embora. Ela poderia simplesmente lançar-se no espaço e desaparecer para sempre. Mas, para que esse cenário faça qualquer sentido, uma SAI teria que concluir que a interação com a raça humana não valeria a pena por qualquer razão e deixaria a Terra em uma nave estilo golfinho de Douglas Adams.
3. Uma configuração invisível aos olhos humanos - É concebível que uma IA suficientemente avançada (ou uma mente de carregamento transcendente) pode constituir-se como uma "singleton", uma ordem mundial hipotética em que não há uma única agência de tomada de decisão (ou entidade) no mais alto nível de controle. - Singleton é um padrão de projeto de software (do inglês Design Pattern). Este padrão garante a existência de apenas uma instância de uma classe, mantendo um ponto global de acesso ao seu objeto.
Nota linguística: O termo vem do significado em inglês quando se resta apenas uma carta nas mãos, num jogo de baralho. - Wikipédia. - Mas ao invés de fazer de si um monopólio mundial óbvio, esse Deus-IA poderia secretamente exercer o controle sobre a população humana de uma maneira absolutamente discreta.
Para isso, uma Singleton-SAI usaria a vigilância (incluindo a detecção confiável da mentira) e as tecnologias de controle da mente, as tecnologias de comunicação e outras formas de inteligencia artificial. Em última análise, ela iria trabalhar para evitar ameaças a sua própria existência e supremacia, enquanto exerce o controle sobre as partes mais importantes do seu território ou domínio. Durante todo o tempo restante ela ficaria invisível, em segundo plano.
4. Uma Jihad contra as maquinas - Outra possibilidade é que a humanidade poderia derrotar uma super inteligência artificial - um resultado totalmente inesperado apenas com base na mera improbabilidade dela. Sem dúvida, uma vez que uma SAI maligna ou equivocada fica fora de controle, ela vai ser muito difícil de ser parada. Mas a humanidade, talvez aliada com uma AI amigável, ou por outros meios, possa encontrar um meio de vencê-la antes que está possa invocar sua vontade sobre o planeta e as relações humanas. Frank Herbert abordou essa possibilidade em sua série de romances Dune graças a Jihad Bluteriano - um evento cataclísmico em que o "o deus da maquina lógica" foi derrubado pela humanidade e um novo principio fundamental foi invocado: "Não farás uma maquina semelhante a mente humana". O Jihad resultou no surgimento de uma nova sociedade feudal. Também resultou no aumento da ordem mental - seres humanos com habilidades cognitivas extraordinárias que funcionavam como computadores virtuais.
5. Primeiro contato - Nossa transição para uma civilização pós-singularidade também pode expor-nos a uma comunidade intergaláctica maior, mais tenologicamente avançada. Há uma série de diferentes possibilidades, aqui - e nem todas elas boas.
Em primeiro lugar, uma civilização pós-singularidade (ou SIA) pode descobrir rapidamente como se comunicar com extraterrestres (receber ou transmitir). Pode haver um tipo de internet cósmica da qual somos alheios, mas que só civilizações avançadas podem ser capaz de detectar (por exemplo, algum tipo de esquema de comunicações quântica envolvendo não-localidade). Em segundo lugar, uma especie de primeira-diretiva poder estar em vigor - uma política galáctica de não-interferência em que civilizações "primitivas" são deixadas à própria sorte. Mas em vez de esperar que desenvolvamos uma tecnologia que nos permita viajar mais rápido que a luz, estariam nos esperando para nos alcançar e sobreviver. Em terceiro lugar, e relacionado com o ponto anterior, uma civilização alienígena também pode estar esperando por nós para chegar a singularidade, momento em que ela irá realizar uma avaliação de risco para determinar se a nossa emergente SIA, ou a nossa civilização pós-singularidade representa algum tipo de ameaça. Se ela não gostar do que vê, pode nos destruir em um instante. Ou pode apenas nos destruir de qualquer maneira, em um esforço para impor o seu monopólio galáctico. Isso pode ser realmente com uma sonda nervosa trabalha, ficam paradas em algum lugar do sistema solar, tornando-se ativa no primeiro sinal de uma singularidade emergente.
6. Nossa simulação pode ser desligada - Se estamos vivendo em uma simulação de computador gigante, é possível que estejamos em uma chamada simulação ancestral - uma simulação que estaria sendo executada pelo pós-humano, por algum motivo particular. Poderia ser por entretenimento, ou um experimento científico. Uma simulação ancestral também poderia ser executada em conjunto com muitas outras simulações menores, a fim de criar um grande conjunto de amostras ou permitir a introdução de variáveis diferente. O perturbador é que seja possível que as simulações seja projetadas somente para chegar a um determinado ponto da história - e esse ponto poderia ser muito bem o da singularidade.
Então, se chegarmos a esse estagio, tudo pode de repente ficar escuro. Além do mais, as demandas computacionais necessárias para executar uma simulação pós-singularidade de uma civilização poderia ser enorme. A velocidade do clock, ou até mesmo o tempo de renderização, da simulação poderia resultar na simulação correndo tão devagar que os pós-humanos já não teriam qualquer utilidade prática para ele. Eles irão apenas nos desligar.
7. A IA Começa a Invadir o Universo - É certo que é muito especulativo (não que as formas anteriores não sejam), para o presente - mas pense nisso como uma espécie de "nós não sabemos o que não sabemos" um tipo de coisa que uma SIA suficientemente avançada poderia começar a olhar diretamente para o tecido do cosmo e descobrir o seu "código". Pode começar a mexer com o universo a fim de promover as suas necessidades, talvez fazendo alterações sutis nas leis do universo, ou por um achado (ou por engenharia), encontrar uma "saída de emergência", a fim de evitar o ataque inevitável da entropia. Como uma alternativa, uma SIA poderia construir um universo porão - um pequeno universo criado artificialmente e ligado ao universo atual por meio de um buraco de minhoca. Isso poderia ser usado então como um espaço/universo computacional, ou uma forma de escapar de um eventual morte térmica do universo mãe (ou pai?).
Ou, uma SIA poderia migrar e desaparecer num excessivamente pequeno espaço de vida (algo quer o futurólogo John Smart se refere como espaço STEAM - áreas altamente comprimidas de espaço, tempo, energia e matéria), e conduzir seus negócios lá. Em tal cenário , uma avançada IA permaneceria completamente alheia a nós "metabags" insignificantes; para uma SIA, a ideia de conversar com os seres humanos pode ser semelhante a nós querendo ter uma conversa com uma planta
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