quarta-feira, julho 17, 2013

O Caçador de Trolls (ou quem nunca quis explodir a cabeça de um troll com um tiro que atire a primeira pedra)

Dia 198 Felipe Pereira 185

The Troll Hunter - 2010
Dir: André Øvredal
Elenco:  Otto Jespersen, Glenn Erland Tosterud, Robert Stoltenberg


13 OUTUBRO 2008
Recebido anonimamente no "Filmkameratene S/A" um pacote com dois discos rígidos contendo 283 minutos de vídeo. Este filme é uma versão resumida deste material. Tudo é mostrado em ordem cronológica. As imagens não foram manipuladas. Durante um ano, uma equipe de investigadores buscou descobrir se o material era verdadeiro ou não.
A conclusão foi de que era genuíno.

Hans, o caçador de trolls
The Troll Hunter é um longa norueguês que acompanha um grupo de estudantes de jornalismo de uma faculdade da Noruega que decide seguir um misterioso e recluso caçador de ursos em sua jornada solitária pelo país. Os três jovens abordam o sujeito várias vezes com o intuito de conseguir uma entrevista e sempre recebem a mesma resposta: vão embora e parem de gravar. Até que eles decidem ir atrás do sujeito sem ele saber em uma de suas caçadas noturnas. Se embrenham na mata com câmera, microfone, equipamento completo.
E o que eles veem no lugar é algo que mudará suas vidas para sempre.
Isso por que, no meio da noite, na mata fechada, logo após perderem o caçador de vista, o cara aparece na frente da câmera, com a maior cara de pavor, olha para os três e grita:
-TRRROOOOLLLL!
E nesse momento um dos integrantes do grupo é atacado e mordido por uma criatura que ele não consegue ver, e acaba sendo salvo pelo caçador, Hans.

Aí começa a maluquice.
Os três descobrem que Hans não é um caçador de ursos, mas de trolls (criaturas mitológicas muito presentes no folclore de países nórdicos) e, depois de muito insistirem e quase serem mortos, o cara decide permitir que eles documentem seu trabalho. Seguindo suas regras.


O que vem a seguir é uma série de cenas entrecortadas em uma edição veloz e esquizofrênica, com aquela câmera sacudindo (eu tenho uma tara por filmes assim), misturando filmagens diurnas e com câmera noturna e mostrando detalhadamente o “objeto de trabalho” de Hans. O diretor, o norueguês André Øvredal, não faz questão nenhuma de esconder seus monstros (muito bem criados, por sinal) e os exibe a todo momento, algumas vezes bem detalhadamente, outras vezes de forma mais rápida, mas em momento algum o visual dos trolls fica em segredo.


The Troll Hunter é um filme meio maluco, que só faz sentido dentro do contexto e que não se leva muito a sério (o trio de protagonistas é formado por humoristas noruegueses, o que me faz pensar que TTH deve ser hilário em alguns lugares do mundo) e que tem um final terrivelmente tosco (aquele final clássico de found footage, só que bem pior). O desenrolar da trama diverte, a história é envolvente e relativamente crível.
Sem muita embromação (mais), o filme vale pela diversão e pela diferença, a ideia é muito boa, a execução é competente e o elenco é esforçado. Exceto pelo caçador, que é badass. O que ferra tudo mesmo é o final decepcionante.
Se quer conhecer um pouco da mitologia dos trolls e aprender a mata-los, assista a esse manual de caça de criaturas mitológicas.

Ficamos por aqui no aguardo da versão nacional: The Saci Hunter.

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