Conclusão...
Dia 170 - Felipe Pereira 166
“None of you understand.
I'm not locked up in here with you.
You're locked up in here with me!”
Watchmen - 2009
Dir: Zack Snyder
Elenco: Malin Akerman, Jackie Earle Haley, Patrick Wilson
Anteriormente:
Os novos Minutemen
se fragmentam e cada um vai para seu lado.
Quando o Comediante
morre, Rorschach inicia uma investigação que acaba trazendo à tona alguns
podres que já começavam a ser esquecidos.

Com isso o sujeito se vê de volta à estaca zero e decide
visitar mais duas pessoas: Dan Dreiberg, outrora conhecido como Coruja, e o
ex-vilão, agora aposentado (sim, vilões se aposentam), Moloch. Duas visitas
bastante infrutíferas, mas que revelam uma cadeia de acontecimentos que estão
por vir, uma conspiração inesperada, por parte de pessoas improváveis e que
toma um rumo... Pouco usual. Principalmente por que encontra Moloch, que sofria
de câncer, morto com uma bala na cabeça exatamente no momento em que a polícia
cerca o apartamento do ex-criminoso e prende Rorschach como principal suspeito.
E essa é uma das cenas mais fantásticas do filme, porque o sujeito simplesmente
não se rende e derruba quase que um batalhão inteiro antes de ser capturado e
levado em custódia.
E isso faz com que toda a “ordem” que havia sido
conquistada com a Lei Keene vá pelos ares, por que esse acontecimento (e um par
de... coisas) faz com que o Coruja e a nova Espectral, Laurie Jupiter, se unam
(entenda unam como quiser) para tirar o sujeito da prisão. E essa é outra
sequência espetacular.


E então o cerco se fecha pra cima de todo mundo, a tal conspiração se revela ainda maior
do que parecia: uma ameaça em escala global planejada e projetada para espirrar em cima de quem estiver por perto. O idealizador de tal ato? Aí já é pedir demais, né filhote? Vai lá ver o filme, vai? Dá uma lida na HQ, tá?
Watchmen adapta a HQ de mesmo nome escrita por Allan
Moore e ilustrada pelo talentoso Dave Gibbons. A história, foi originalmente
publicada em 12 edições, ganhou vários prêmios e influenciou diretamente o
cenário dos quadrinhos americanos em sua época.
Cada personagem (ou pelo menos os figurões) possui um
correlativo semelhante nas páginas das HQs regulares, heróis de segunda, sem
popularidade. O Comediante foi inspirado no Pacificador, Dr Manhattan no
Capitão Átomo, o Coruja no Besouro Azul, Ozymandias no Thunderbolt, Rorschach
no Questão e a Espectral em uma tal de Sombra da Noite.
Um fato curioso é que a ideia original por trás da saga
era pegar alguns personagens menos consagrado da DC Comics e os utilizar em um
arco fechado contando uma história isolada afim de torna-los mais populares.
Moore já fez isso antes com personagens que, graças a ele, ganharam
notoriedade. O Monstro do Pântano, por exemplo. As coisas fugiram totalmente ao
controle e o resultado é o que nós conhecemos hoje como a mais importante
história de heróis de todos os tempos. Ou algo próximo disso.
Apesar de o diretor, Zack Snyder, optar por seguir o
roteiro da HQ à risca, ele tomou a liberdade de mudar o final de uma forma até
bastante drástica. Algo que, de certa forma, dá um significado novo a todo o
ocorrido, dá uma visão diferente. Tanto que muitos (eu incluso) consideram o
filme e a HQ dois produtos diferentes. Eu particularmente não fiquei tão
ofendido com a mudança, fiquei surpreso, impressionado até. Mas há quem se
irrite pra caramba com a alteração.
O filme tem méritos inegáveis: toda a recriação da época é fantástica, o visual é incrível, a caracterização é muito bem feita e muito fiel, a trilha sonora é escolhida a dedo, a direção do Snyder é o arrasa quarteirão costumeiro, putz... Pode até haver discrepâncias quanto ao material original mas, pra mim, Watchmen é tão poderoso quanto outra adaptação do Moore para o cinema: V de Vingança. Ainda que tenha um respeito maior pelo que há no papel.
Watchmen é realista (como ideia), violento e
subversivo. Pega seus heróis e dá uma tridimensionalidade incomum a eles, retira da trama a linearidade, dando um ritmo perfeito para se contar uma história, vagando pelo passado, presente e futuro. Há um conceito muito
interessante do herói que teoricamente protege o povo mas se encontra acima da
lei. Isso é o que mais carrega a história, claro que, lá para o clímax isso é
um tanto deixado de lado (até explodir novamente numa proporção colossal), mas
a ideia principal, a mais poderosa, é essa.
Aqui vemos como poderia ser um mundo no qual o Superman
existe, como ele agiria e como ele nos veria.
Outra ideia interessante sobre esse mesmo conceito é
mostrada em, imaginem só, Kill Bill Volume II, quando A Noiva se encontra com
Bill e ele conta para ela a teoria que formulou sobre o Superman.
É de explodir cabeças. E membros. E o que restar dos corpos, reduzi-los a moléculas e recriá-los em forma de...
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