Dia 177. Felipe Pereira 171
Horrible Bosses - 2011
Dir: Seth Gordon
Elenco: Jason Bateman, Charlie Day, Jason Sudeikis
E quero mesmo.
Três
caras: Nick (Jason Bateman), Dale (Charlie Day) e Kurt (Jason Sudeikis). Amigos
de infância, cada um com uma vida profissional mais ou menos traçada e trabalhando
com o que eles gostariam de trabalhar. Mas eles tem um problema em comum: seus
chefes são os mais escrotos e desgraçados possíveis. O chefe de Nick é um
psicopata (Kevin Spacey) megalomaníaco, a chefe (Jennifer Aniston) de Dale o
assedia sexualmente na maior cara de pau (e isso não é bom...) e o chefe (Donald
Sutherland) de Kurt é o mais gente fina possível, o trata como a um filho. O
problema é que o velho morre e o filho verdadeiro dele (Colin Farrell) se torna
o chefe de Kurt. E esse sim é um desgraçado, viciado, arrogante e cretino.
A situação dos três é ruim, mas vai se tornando absurda
e, com o passar dos dias, acaba ficando desumana. Desumana ao ponto de os três
se encontrarem num beco sem saída tão grande que decidem fazer o impensável:
contratar um assassino para dar cabo dos três.
Quando as coisas não saem exatamente como o planejado (o
cara que eles contratam anunciava seus serviço na internet como “trabalho sujo”,
mas na verdade ele era um maluco que urina em outros caras por grana) os três
decidem fazer a coisa certa e contratar pessoalmente um sujeito qualificado
para fazer o serviço. Mas onde encontrar um assassino qualificado? No bairro
negro mais violento da cidade, obviamente. Em um bar, para ser mais específico.
Os três vão ao local em questão e, lá, não tardam a
encontrar seu sujeito: Motherfucker Jones (Jamie Fox alucinado), que se nega a
sujar as mãos, mas decide servir de “consultor de assassinato” para os três.
Desse ponto, guiados pelo Motherfucker e pela própria experiência
adquirida ao longo dos anos, experiência esta baseada em tudo o que aprenderam
vendo Pacto Sinistro, os três decidem matar aos chefes um do outro para que não
haja ligação entre os crimes e, assim, os três não sejam pegos por isso.
O que se dá a seguir é uma sequência de erros imprevisíveis
e cada vez mais absurdos, improváveis e cada vez mais engraçados. Situações
bizarras e agressivas, por vezes até violentas, cada vez mais comprometedoras.
Os três se afundam na vida criminosa de um jeito que não há como sair limpo,
acima de suspeitas e, o pior de tudo, eles não chegam nem mesmo perto de matar
os tais chefes.
Quero matar meu chefe é uma comédia suja e incorreta,
daquelas que se faziam nos anos oitenta, sem se preocupar se as crianças
cresceriam traumatizadas por ver aquele conteúdo. Humor negro e ácido, não
pensa duas vezes antes de fazer uma piada suja ou até mesmo racista. Por muitas
vezes não faz sentido nenhum, mas faz graça até mesmo disso. Cheia de situações
insanamente hilárias, como a já citada cena do cara que faz “trabalho sujo”,
uma breve participação de Ioan Gruffudd (o Sr Fantástico), além das dicas dadas
pelo Motherfucker, um sujeito perigosíssimo que já esteve na prisão e tudo... A
razão pela qual ele foi preso também é insana. Sem falar na cena em que eles
invadem a casa do filho do chefe de Kurt e Dale fica drogado por acidente!
Horrible Bosses não é um bom filme para se ver com a mãe,
é pra ver com a galera toda reunida, incluindo aquela amiga crente que
invariavelmente vai se sentir ofendida com pelo menos noventa por cento das
piadas.
É um filme alucinado, cheirado até, eu diria.
Aprecie sem moderação.
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