Michel 120. Dia 125.
Década de 1970. O que houve nesta época para gerar uma quantidade tão grande de artistas fodásticos na música brasileira? Hyldon, Tim Maia e Cassiano, a santíssima trindade da música negra no Brasil, a turma que trouxe a soul music para cá... quanta beleza.
Pegue um: Hyldon, e seu primeiro disco chamado "Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda", lançado em 1975. Quanto suingue, quanta alma! Música soul de qualidade, cheia de personalidade, amor, admiração, encanto...
Música rica. "Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda" é uma viagem no tempo para tempos melhores, menos injustos, secos e cruéis. Até amar àquela época era diferente, tinha sabor de coisas naturais, frutas frescas, sombra, brisa, água límpida e corrente...
Escutar Hyldon é perceber que algo se perdeu no caminho e não sabemos direito o que e nem onde foi.
Hyldon é um artista criativo e influente. Pegue como exemplo o hit "Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Ou Numa Casinha De Sapê)", sucesso do Kid Abelha: Hyldon. "As Dores Do Mundo", sucesso com JQuest: Hyldon.
E assim vai. A qualidade da música é inegável. A pureza, a beleza, os arranjos, a execução... um disco histórico, cheio de sensualidade e daquilo que é essencial e verdadeiro na mais bela das artes.
Enfim: um clássico da música brasileira, muitas vezes desconhecido - principalmente pelo público mais jovem, que idolatra esses falsos ídolos produzidos pela mídia.
Quando até Lulu Santos se vende, talvez seja hora de pensar em algo além, mergulhar no passado em busca de algo que seja bom do início ao fim.
E tome Hyldon.
Boa Noite e Até Amanhã.
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