Dia 141 - Felipe Pereira 135
Cloud Atlas é um filme no mínimo complexo. Agradou alguns
(eu incluso), incomodou a outros, desagradou a um punhado... É algo que divide
opiniões, alguns simplesmente o abandonam. Longo, lento em certos momentos,
fragmentado, apesar de seus efeitos visuais e cenários de encher os olhos,
passa bem longe de ser um blockbuster.
Foi o primeiro filme que comentei aqui no 01Pd, dica do
Assis Oliveira, que fez a postagem de cinema de hoje, confiram aqui.
Há exatos 141 dias atrás Cloud Atlas iniciou um ciclo. E
hoje esse ciclo se fecha.
Não, o site não vai acabar. O ciclo se fecha com a trilha
sonora.
E a trilha sonora de Cloud Atlas é épica!
A começar pelo tema principal, The Atlas March, uma
música que pode ser descrita como plena, é algo simétrico, musicalmente falando,
não há notas em lugares errados. É uma música que não deveria acabar nunca, é
como a trilha sonora do universo. Essa canção repercute em toda a trilha sonora,
há reflexos dela em ao menos 80% das outras.
A sonoridade é muito fluida, muito leve de se ouvir, é
algo meio tranquilizante, vem em ondas, cresce e diminui, rica em instrumentos
e sons.
Algo interessante de notar é a influência exercida por
grandes compositores sobre o trabalho do trio que assina o disco: Johnny
Klimek, Reinhold Heil e o próprio Tom Tykwer, que divide a direção do longa com
os irmãos Wachowski. Referências como Danny Elfman (muito sutilmente, em certos
momentos a OST lembra o bat teme composto pelo cara), por vezes, não tão
sutilmente, lembra Hans Zimmer e SEU tema do Batman, Inception, Tyler Bates em
300, é uma mistura eclética e funcional.
Isso tudo sem falar que a trilha sonora é, mais que obviamente, tão longa quanto o filme. São nada menos que 23 canções, a maioria de 2 minutos, mas algumas chegando a 7.
E não é algo cansativo, justamente por essa mistura, ou
inexpressiva. Há, claro, músicas que só funcionem no filme, mas a maioria
esmagadora é funcional mesmo separada. Mas é sempre recomendado ver o filme
antes de ouvir o disco, aqui não é diferente.
Para quem curtir, há uma versão estendida da canção tema
que dura nada menos que 15 minutos, é um deleite.
E aqui eu fecho o ciclo Cloud Atlas! Um ótimo filme, uma
trilha sonora à altura e um colunista de cinema resistindo bravamente enquanto
o cara dos discos curte uma estadia em SP!
Aliás, para os leitores de SP, o nosso querido colunista
musical está por aí. Em algum lugar... Provavelmente bêbado. :)
Não, brincadeira.
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