Digging Up The Marrow, 2015
Dir: Adam Green
Elenco: Adam Green, Ray Wise, Will Barratt.
E, finalmente, eu vi. Não é lá essas coisas, sabe?
A história é aquela: um diretor de cinema de horror
independente é contatado por um cara que diz ter encontrado um lugar onde
existem monstros reais. O sujeito fica intrigado, pega seu cameraman e vai em
busca do sujeito com o objetivo de fazer um documentário que, n fim das contas,
fique ao menos engraçado.
Chegando lá, eles encontram William Decker, sujeito meio
maluco que tem umas pinturas, um mapa e uma teoria maluca que, no subterrâneo,
existe uma sociedade escondida de monstros. Esses monstros são pessoas
deformadas, párias da sociedade, aqueles casos que saem nos jornais de crianças
que nasceram com chifres, do bebê meio bode que nasceu, falou a data que o
mundo ia acabar, no céu tem pão e morreu.
E Decker diz ainda ter encontrado a entrada para esse
mundo.
No início não acontece nada, mas em certo momento, coisas
começam a aparecer e a situação começa a fugir do controle.
Digging Up The Marrow é misterioso, bem construído, tem
personagens interessantes e uma estrutura documental bem consistente. A
produção é excelente e os atores (exceto Decker, nenhum deles é ator, na
verdade. Cada um faz o papel de si mesmo) são competentes e passam o necessário
para seus próprios personagens. Todos esses pontos positivos compensam até
mesmo o número escasso de sustos, visto que The Marrow se concentra mais na
construção de tensão do que no susto em si, mas falha em assumir um caráter
investigativo por fora da investigação em si, algo paralelo, que tenta
descreditar a história de Decker.
Mas, seu grande problema é o final que, repetindo tudo o que
já foi feito no subgênero de found footage, deixa milhares de pontas soltas e
encerra tudo abruptamente, com um susto gratuito e precipitado, quando poderia
muito bem tomar um rumo completamente diferente.
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